Brasileiro produz pouco ou o governo gasta demais: rumo à 15ª maior dívida/PIB do mundo

Projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelam que o Brasil está a caminho de ter a 15ª maior relação dívida/PIB do mundo até 2030, com uma dívida bruta projetada em 99,4% do PIB. Das duas, uma: ou o brasileiro produz pouco ou o governo gasta demais.

A dívida PIB é uma comparação entre quanto o país deve (a dívida pública) e quanto ele produz em um ano (PIB). Ou seja, é literalmente como quando você calcula no dia do pagamento quanto e para quem deve dinheiro.

Se um país tem uma dívida/PIB de 80%, isso quer dizer que ele deve o equivalente a 80% de tudo o que produz em um ano.

A projeção coloca o Brasil em uma posição mais alta no ranking do que países como Espanha (93%) e Ucrânia (92,1%), mas em uma posição mais baixa do que nações como Japão (231,7%) e Singapura (178%).

O gráfico também mostra que, em 2021, a dívida brasileira era de 88,9% do PIB, a 35ª maior globalmente, indicando uma deterioração significativa na última década.

Especialistas alertam que, sem reformas fiscais estruturais, o Brasil enfrenta riscos de aumento na percepção de risco e no custo de rolagem de sua dívida. Desse modo, ameaçando o desenvolvimento econômico do país.

Em outras palavras, ou o país aumenta a produtividade ou reduz suas dívidas. Contudo, a produtividade do Brasil é grande, e acima da média. O que sugere que o problema da dívida/PIB só pode ser a outra ponta: os gastos do Estado.

A deterioração fiscal do Brasil e o paralelo com governo brasileiro

O gráfico do FMI projeta que a relação dívida/PIB do Brasil atingirá 99,4% até 2030, posicionando o país entre os 15 mais endividados do mundo, em uma lista de 184 nações (excluindo Bolívia, Equador e Venezuela).

O aumento reflete uma trajetória preocupante. Em 2021, a dívida brasileira era de 88,9% do PIB. Segundo dados do Banco Central do Brasil (BCB), ela já havia subido para 76,1% no final de 2024.

É um aumento de 2,2 pontos percentuais ao longo do ano. Comparando com os números de 2023, quando a dívida estava em 73,8% do PIB, o crescimento acumulado é de 4,4 pontos percentuais desde o início do governo Lula, evidenciando uma deterioração fiscal contínua.

Comparação Global

O ranking projetado pelo FMI para 2030 coloca o Brasil em uma posição preocupante. O Japão lidera com uma dívida de 231,7% do PIB, seguido por Singapura (178%) e Bahrein (162,9%).

Países desenvolvidos como Itália (137,7%) e França (128,4%) também figuram na lista. A diferença é que possuem maior capacidade de financiamento devido ao acesso a mercados de capitais globais e moedas fortes.

Ou seja, o cara que ganha R$ 50 mil no mês, e conhece meio mundo de executivos e empreendedores pode até dever muitas pessoas no final do mês. Mas quem ganha um salário mínimo, e não tem contato algum no mercado de trabalho, possui um risco muito maior.

O Brasil se encaixa na última descrição. O país está mais próximo de nações emergentes como Gabão (98,6%) e Senegal (97,1%), que enfrentam desafios similares de sustentabilidade fiscal.

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