Dois casos de raiva ativam protocolo de emergência em SC

Dois casos de raiva ativam protocolo de emergência em SC

Dois casos de raiva ativam protocolo de emergência em SC. – Foto: Cidasc/Reprodução/ND

Dois casos de raiva em bovino registrados em Balneário Barra do Sul, no Norte catarinense, acenderam o alerta entre autoridades sanitárias para a vacinação preventiva e monitoramento de rebanhos na região.

O primeiro caso foi confirmado pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) no dia 9 de abril. Duas semanas depois, uma nova suspeita da doença foi registrada na cidade.

Segundo a prefeitura, todas as medidas necessárias já foram adotadas. A Cidasc foi acionada e o município adquiriu vacinas para aplicação imediata nos animais.

De acordo com a companhia, assim que recebeu as notificações, enviou equipes às propriedades, onde foram coletadas amostras dos animais e encaminhadas para análise.

Os casos também foram comunicados ao Serviço Municipal de Saúde, que adotou os protocolos recomendados para pessoas que tiveram contato com os animais.

Vacinação é obrigatória e deve ser reforçada

Diante da confirmação, os produtores foram orientados a vacinar imediatamente todos os bovinos nas propriedades. A recomendação também vale para as áreas vizinhas ao foco.

A vacinação é obrigatória para bovinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos, e deve ser mantida em dia mesmo em regiões sem registro recente da doença.

Orientações para casos de raiva

Autoridades de saúde alertam para sinais clínicos da raiva, como dificuldade de locomoção, paralisia e respiração irregular. Outro indício importante é a presença de mordidas nos animais, que podem ter sido atacados por morcegos hematófagos — principais vetores da doença no meio rural.

A orientação é notificar imediatamente a Cidasc caso haja qualquer sintoma nervoso nos animais ou sinais de ataque por morcegos.

O que é raiva?

É uma doença transmissível que atinge mamíferos como cães, gatos, bois, cavalos, macacos, morcegos e também o homem. É causada por um vírus que ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução.

A transmissão da raiva ocorre quando a saliva do animal infectado entra em contato com pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal.

Os sintomas da raiva variam conforme a espécie, quando acomete animais carnívoros, eles se tornam agressivos e, quando ocorre em animais herbívoros, as manifestações são de paralisia. Em caso de agressão por animal, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva em bovinos:

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico-veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação.

Animal nunca foi vacinado contra raiva:

  1. Vacine;
  2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
  3. Em caso de raiva na região, faça reforços a cada 180 dias. Caso não haja focos de raiva na região, o reforço é anual.

Animal foi vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço anual:

  1. Vacine;
  2. Dê uma dose de reforço em 30 dias;
  3. Em caso de raiva na região, faça reforços a cada 180 dias. Caso não haja focos de raiva na região, o reforço é anual.

Animal foi vacinado e não deu continuidade aos reforços:

  1. Vacine agora;
  2. Em caso de raiva na região, faça reforços a cada 180 dias. Caso não haja focos de raiva na região, o reforço é anual.

Animal foi vacinado e está dentro do prazo do reforço:

  1.  Aguarde o prazo para vacinar.

Conservação da vacina:

Atenção para a conservação da vacina, pois ela precisa de refrigeração. Tanto na hora de guardar quanto de transportar o produto para a propriedade, ela precisa ser mantida entre 2 °C e 8 °C.

Ela perde eficácia se guardada depois que o frasco é aberto, por isso o que resta no vidro aberto não pode ser guardado para o momento da aplicação do reforço.

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