“Insuportável”: O que são as abordagens que irritam os turistas em Gramado

As constantes reclamações de turistas sobre como está difícil desfrutar de Gramado sem ser abordado por divulgadores de estabelecimentos, principalmente em relação as cotas hoteleiras, têm gerado debates sobre o incômodo causado entre os visitantes. Mas o que é isso e por que há tantos na Serra gaúcha?

Centro de Gramado



Centro de Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Também conhecida como multipropriedade ou time-sharing, as cotas hoteleiras podem ser uma opção mais acessível para se realizar o sonho de possuir um local exclusivo para férias e lazer. Essas cotas, são como “pedaços” de um imóvel, que teria vários donos. Cada um deles com direito a usufruir dessa casa, apartamento ou até unidade dentro de um hotel ou condomínio de férias.

SAIBA MAIS: ABORDAGENS EM GRAMADO: O que diz o decreto que proíbe ação de divulgadores e como denunciar irregularidades

Em Gramado são comumente vendidas partes de apartamentos em hotéis, que podem ter até 52 donos diferentes. Mas para poder usufruir é necessário pagar uma espécie de mensalidade, normalmente um valor muito mais baixo do que ter de pagar por um imóvel exclusivo e ainda mantê-lo com outros custos, como de impostos, por exemplo.

Quando nenhum dos donos das cotas estiver utilizando o imóvel, ele fica disponível para que o hotel ou condomínio alugue para outros interessados – hóspedes comuns, que não pagam as mensalidades.

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Em Gramado, há registros de abordagens bem incisivas. Os vendedores costumam oferecer brindes, jantares e ingressos para atrações. Os visitantes são chamados a conhecer um empreendimento hoteleiro e a adquirir frações dos apartamentos. Em alguns casos, a coação é de extrema insistência para a compra do produto, de acordo com relatos.

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Lei regulamenta abordagens a turistas

Apesar de ter se intensificado recentemente, o tema não é novo em Gramado. O município proibiu que essas abordagens ocorressem em vias públicas há alguns anos e, em 2023, emitiu um decreto de que a captação de clientes para estabelecimentos ou atividades, de qualquer ramo, só pode ser explorada nas áreas internas do estabelecimento. É vedada a utilização de recuos de calçadas, por exemplo, e áreas externas.

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