Professores de Novo Hamburgo podem entrar em greve por falta de reajuste salarial

Os professores da rede municipal de ensino de Novo Hamburgo avaliam a possibilidade de entrar em greve caso o Executivo municipal não apresente uma proposta de reajuste salarial anual. A possibilidade foi levantada após assembleia virtual realizada pela categoria na última segunda-feira (28).

Na última semana a categoria protestou contra o governo municipal | abc+



Na última semana a categoria protestou contra o governo municipal

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

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O impasse teve início com o comunicado da Prefeitura, feito na quarta-feira (23), de que não concederá o reajuste dos salários dos servidores públicos no mês de abril, período que marca a data-base da revisão geral anual. 

A decisão gerou insatisfação entre os profissionais da educação. No mesmo dia, o Sindicato dos Professores Municipais de Novo Hamburgo (Sindprof NH) realizou uma manifestação no pátio do Centro Administrativo Leopoldo Petry, sede do Executivo, com foco principal na demanda salarial.

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Segundo a administração, o adiamento se deve à grave situação financeira enfrentada pelo município, que registra um déficit médio mensal de R$ 14 milhões e se encontra sob estado de calamidade financeira.

“Todos os anos, o reajuste é discutido junto às categorias (estatutário e magistério). Entretanto, em 2025, devido à situação crítica das contas públicas, o mesmo não poderá ser firmado em abril. O decreto de calamidade financeira foi assinado em 19 de março deste ano, em razão de dívidas acumuladas de 2024 que alcançam o valor de R$ 200 milhões“, justificou por meio do comunicado.

Segundo o Sindprof NH, o Executivo se comprometeu a apresentar uma resposta até o dia 9 de maio. Após essa data, está prevista uma nova assembleia para definir os próximos passos da categoria. “Estaremos discutindo na assembleia, que é o nosso espaço de decisão”, afirmou Luciana Martins, presidente da entidade.

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Comusa também protesta contra ausência de reajuste

Os servidores da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo também se manifestaram contra a medida, por meio de uma nota de repúdio divulgada na sexta-feira (25). No caso da autarquia, os servidores criticaram duramente a decisão em nota oficial.

“Trata-se de uma injustiça flagrante, considerando que estes profissionais permanecem diariamente mobilizados e comprometidos com a prestação de um serviço de qualidade, superando obstáculos técnicos e operacionais com dedicação e responsabilidade”, diz o texto.

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A nota ressalta o papel dos trabalhadores da autarquia, que garantem o abastecimento de água e o tratamento de esgoto — serviços vitais à saúde e dignidade da população.

A manifestação também aponta contradições na gestão da Comusa, mencionando medidas adotadas recentemente que teriam implicado em renúncia de receita, como o escalonamento tarifário e adesão ao programa de refinanciamento de dívidas (Refis).

Para os servidores, essas decisões, embora justificadas por compromissos políticos, não podem ser usadas como argumento para negar a recomposição salarial.

Ainda segundo o documento, os trabalhadores da autarquia já acumulam perdas desde a pandemia, com salários e progressões congelados sem reposições posteriores. “A desvalorização salarial compromete não apenas o bem-estar dos servidores, mas a própria qualidade do serviço prestado à comunidade”, afirma o texto.

Procurada, a Prefeitura de Novo Hamburgo não havia se manifestado sobre as mobilizações até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto. 

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