1º de Maio: público cresceu, mas ainda está abaixo, avalia dirigente

São Paulo — O público presente no ato unificado das centrais sindicais do Dia do Trabalhador, realizado nesta quinta-feira (1/5), na praça do Campo de Bagatelle, zona norte de São Paulo, foi maior que no ano passado, mas ainda abaixo da quantidade de pessoas observada em eventos do 1º de Maio antes de pandemia.

A avaliação é do presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, um dos organizadores do ato. Em 2024, o evento reuniu cerca de 2 mil pessoas no estacionamento do estádio do Corinthians, na zona leste, mesmo com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O baixo público à época foi lido como um fiasco pela oposição e desgastou a imagem do petista.


  • A organização ainda não divulgou o público presente neste ano, mas afirma que “milhares de pessoas” estiveram no ato.
  • “O número de pessoas que vieram foi bem melhor do que nos últimos anos pós-pandemia, mas foi muito menor dos números de seis ou sete anos atrás, quando aqui chegava a ter, segundo mensurações, até 900 mil pessoas. Mas nós já sabíamos que não chegaríamos”, afirmou Patah.
  • Neste ano, para atrair mais gente, a organização promoveu sorteio de carros e contratou shows de artistas conhecidos, como: Fernando e Sorocaba, Edson e Hudson e Pixote. Mesmo com as atrações, o espaço não estava lotado e havia espaços vazios nos fundos da praça.
  • Além disso, a CUT e sindicatos do ABC realizaram um outro ato em São Bernardo do Campo. O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) também convocou uma manifestação contra a escala 6 x 1 na região da avenida Paulista, no centro da cidade. Os eventos separados podem ter pulverizado os manifestantes.

Para Patah, as principais pautas levantadas pelos sindicatos nos atos de 2025, como o fim do  6 x 1, a redução de jornada e a regulamentação dos trabalhos por aplicativo têm potencial para atrais jovens para o movimento sindical. Segundo o dirigente, os sindicatos ainda estão “muito distantes” das questões atuais da juventude e o segmento precisa ter “paciência” para conquistar esse público.

“É uma transformação enorme. Estamos fazendo campanhas muito fortes pelas redes sociais pra trazer aquelas pessoas que vão ter que segurar as bandeiras muito brevemente, nos substituindo. Precisamos buscar elementos que despertem nessa juventude o interesse em participar do movimento sindical”, disse o dirigente.

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