Sepultamento de Dom Zeno reúne milhares de fiéis na Catedral São Luiz Gonzaga

A Catedral São Luís Gonzaga, no centro de Novo Hamburgo, foi palco de uma grande manifestação de fé e gratidão nesta quinta-feira (1º). Milhares de fiéis se reuniram para a celebração de despedida de Dom Zeno Hastenteufel, bispo emérito da Diocese de Novo Hamburgo, que faleceu aos 78 anos, após mais de 50 anos de dedicação à Igreja e à comunidade. A missa de corpo presente foi presidida pelo atual bispo diocesano, Dom João Francisco Slam, e contou com a presença de sacerdotes, familiares, amigos, autoridades e cerca de dez bispos de diversas dioceses do Rio Grande do Sul.

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A celebração começou com uma grande homenagem de jovens, que foram impactados diretamente pelo trabalho de Dom Zeno. Membros do Curso de Liderança Juvenil (CLJ), movimento fundado pelo próprio bispo há 50 anos, entoaram canções tradicionais do movimento, com o objetivo de registrar o legado de Dom Zeno. O CLJ sempre foi um dos maiores projetos de sua gestão pastoral, e o bispo é lembrado por ter sido um grande incentivador da vocação sacerdotal entre os jovens. Muitos presentes estavam emocionados, relembrando como ele despertou o desejo de muitos jovens em seguir a vida religiosa e de servir à Igreja.

A encomendação do corpo foi realizada por um membro da família de Dom Zeno, seu irmão, o padre Léo Hastenteufel, padre na cidade de Gravataí. Padre Léo lembrou com carinho da vida do irmão, do amigo, do conselheiro e do bispo emérito da Diocese de Novo Hamburgo, destacando sua personalidade e sua enorme dedicação: “Dom Zeno foi uma pregação viva, uma presença animadora, forte, com um espírito leal, participativo, envolvente. Onde ele passou, sempre deixou rastros bem interessantes”, destacou. O irmão de Dom Zeno também fez questão de enfatizar o caráter acessível e acolhedor do bispo, uma característica que fez dele uma figura querida por onde passou, em especial na Diocese de Novo Hamburgo. “Ele sempre esteve presente, não importava a igreja, a cidade ou o tamanho da comunidade”, disse.

O corpo de Dom Zeno foi sepultado no altar da catedral, ao lado do também bispo emérito de Novo Hamburgo, Dom Carlos José Boaventura Kloppenburg, falecido em maio de 2009. O sepultamento no presbitério da Catedral São Luiz Gonzaga segue uma antiga tradição da Igreja Católica, de sepultar os apóstolos junto aos templos.

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O pároco da Catedral, padre Marco Leal descreveu o impacto de Dom Zeno na vida das pessoas que o conheciam. “É uma alegria poder dizer que Dom Zeno marcou a história da Diocese de Novo Hamburgo e de muitas vidas. Hoje, Dom Zeno se despede da terra, mas, com certeza, continuará seu trabalho no céu. Ele foi incansável. Em todos os lugares, em todas as pessoas, em cada comunidade, ele se fez presente. Ele era conhecido por todos por sua facilidade de acesso e pelo incansável desejo de transmitir a alegria de Jesus. Dom Zeno tocou a vida das crianças, dos jovens, dos sacerdotes e bispos, sempre com um grande espírito de fraternidade”, frisou.

O legado de Dom Zeno também foi destacado por Dom Edson de Melo, bispo de Cachoeira do Sul, que fez questão de participar da despedida. Filho da Diocese de Novo Hamburgo, Dom Edson foi o primeiro padre ordenado bispo por Dom Zeno. Emocionado, ele destacou a importância de Dom Zeno em sua vida e vocação, além de ressaltar o trabalho dedicado à juventude e ao movimento vocacional. “Tenho muita gratidão pelo exemplo que ele foi, pelo trabalho com a juventude. Encontramos muitos jovens emocionados aqui, demonstrando gratidão por tudo o que ele fez com eles. O trabalho vocacional também foi muito intenso. A alegria e disposição de Dom Zeno em estar em todos os lugares é algo que marcou todos nós”, afirma.

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