Carnaval movimentou R$ 8,8 bilhões no Rio de Janeiro

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Carnaval movimentou R$ 8,8 bilhões no Rio de Janeiro Credito: Douglas Shineider/Riotur

O estado do Rio de Janeiro movimentou R$ 8,8 bilhões no carnaval, um crescimento de 39,7%, se comparado a 2024, que teve movimentação financeira de R$ 6,3 bilhões. O impacto direto dos gastos com hospedagem, alimentação, transporte e lazer chegou a R$ 3,4 bilhões durante o período do carnaval, contra R$ 2,5 bilhões no ano passado – um crescimento real de 36%.

A sondagem do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), com 1.037 turistas brasileiros e estrangeiros, entre os dias 28 de fevereiro e 04 de março, no Sambódromo, em blocos e em praias da Zona Sul e da Barra da Tijuca, também mostrou que 49,6% dos visitantes são turistas principalmente de São Paulo (29,4%), Minas Gerais (16,3%) e Distrito Federal (10,1%) e, entre os 50,4% dos turistas estrangeiros que estiveram no Rio, 54,3% eram das Américas – sendo 28,7% da Argentina e 9% dos Estados Unidos. Da Europa, o Reino Unido se destaca, com 8%, seguido da Alemanha (7,8%) e da França (7,6%).

“O Rio de Janeiro é a face mais visível do Brasil no exterior por razões turísticas e culturais. A pesquisa revela que 16% dos que vieram foram influenciados por redes sociais e por amigos”, diz o consultor da presidência da Fecomércio RJ, Otavio Leite.

“Os números confirmam a tendência positiva que deve se intensificar ao longo de 2025 e início de 2026”, diz o diretor-executivo do IFec RJ, João Gomes. E eles demonstram a relevância crescente do turismo como vetor de desenvolvimento para o estado do Rio de Janeiro e reforçam a importância de estratégias contínuas de promoção do destino para potencializar esses resultados. “Quase 20% dos empregos formais criados no estado no último ano vieram do turismo, representando cerca de 30% das vagas geradas no setor de serviços entre janeiro de 2024 e fevereiro de 2025, segundo dados do Caged”, analisa.

Primeira vez e pernoites – A sondagem do IFec RJ revelou que 54,1% dos turistas estrangeiros estiveram no Rio pela primeira vez. O tempo médio de permanência foi de nove dias – sendo 11 dias entre os estrangeiros e sete dias entre os brasileiros.

Os hotéis (45,4%) continuam sendo os mais procurados pelos turistas para o pernoite, embora o aluguel por plataformas digitais, como o Airbnb, venha ganhando força, com 34,9%. Os imóveis de conhecidos ou familiares (17,4%) também aparecem com grande procura na pesquisa.

Visita a outras cidades – Apenas 6,1% dos turistas recebem indicação para visitar outras cidades no estado do Rio. Isso reforça a ideia da necessidade de um esforço maior para a divulgação do interior junto aos visitantes que vêm para a capital.

No entanto, 28,4% dos entrevistados disseram que pretendiam visitar outras cidades do estado do Rio. Arraial do Cabo, com 41,2%, é a preferida, seguida de Búzios, com 36,7%, Angra dos Reis, com 23,1%, Cabo Frio, com 14,3%, e Paraty, com 13,9%.

“Acompanhar a evolução dos indicadores turísticos relativos ao sentimento dos visitantes que vieram ao Rio de Janeiro é uma providência estratégica para a adoção de políticas que fortaleçam o destino. Esse é o propósito da Fecomérc RJ”, afirma o presidente Antonio Florencio de Queiroz Junior.

Segurança – Antes da viagem, 32,3% dos turistas brasileiros diziam achar o Rio de Janeiro pouco ou nada seguro. No entanto, ao tempo da estadia, 65,9% deles manifestaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Apenas 14,1% prosseguiam insatisfeitos ou muito insatisfeitos.

Nesse mesmo sentido, 23,3% dos turistas estrangeiros tinham uma percepção negativa da segurança. Porém, desse mesmo universo, 70,6% assinalaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos na prática. Apenas 7% prosseguiam insatisfeitos ou muito insatisfeitos.

“O esforço para atrair mais turistas e fazer que a sua estadia se converta em experiências memoráveis precisa ser compartilhado com todos das esferas pública e privada. É um somatório”, ressalta Otavio Leite.

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