Eco101 é alvo de críticas após acidente fatal em Anchieta; entenda

Na sessão da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, realizada na terça-feira (29), diversos deputados estaduais manifestaram respeito e solidariedade às famílias das vítimas de um trágico acidente envolvendo uma carreta e um ônibus de turismo na BR-101, ocorrido no domingo (27), em Anchieta. O acidente, que resultou em três mortos e 26 feridos, gerou indignação entre os parlamentares, especialmente em relação à concessionária Eco101, responsável pela gestão da rodovia.

O deputado Coronel Weliton (PRD) iniciou os discursos pedindo um minuto de silêncio pelas vítimas fatais e expressou votos de recuperação para os feridos. Em seguida, Mazinho dos Anjos (PSDB) criticou a lentidão na duplicação da BR-101, apontando a responsabilidade da Eco101 na tragédia. “Se o trecho já tivesse sido duplicado, provavelmente não teríamos vítimas nesse acidente. A duplicação é lenta e a Eco101 continua cobrando pedágios enquanto a obra avança de forma absurda e sem a devida urgência”, afirmou.

Mazinho dos Anjos destacou a necessidade urgente de duplicação no trecho norte da rodovia, uma crítica compartilhada pelo deputado Alexandre Xambinho (Podemos). “Sempre afirmei que a Eco101 deveria ser chamada de ‘Eco171’, dado o atraso nas obras. A duplicação do trecho no estado, especialmente no norte, é uma necessidade urgente. Se a concessionária continuar a ganhar os leilões, precisamos garantir que ela cumpra o contrato e realize as duplicações necessárias”, disse Xambinho.

Lucas Polese (PL) também fez duras críticas à Eco101, ressaltando que a empresa foi condenada no ano passado por fraudar o contrato de concessão. “A investigação revelou que a Eco101 ocultava dados e inflava os custos das operações para justificar a inviabilidade da duplicação no estado. Uma empresa que lesou os capixabas e brasileiros ao longo dos anos”, denunciou.

O deputado Zé Preto (PP) lamentou que, apesar da duplicação em algumas áreas, a rodovia continua sendo palco de acidentes graves. “Mesmo em trechos duplicados, acidentes continuam ocorrendo, especialmente com motos e veículos pequenos. A rodovia permanece perigosa e deve ser responsabilizada por isso”, afirmou.

Além das críticas à gestão da rodovia, a sessão também abordou a situação das famílias com membros que possuem transtornos, tema levantado por Coronel Weliton. Ele sugeriu a criação de cursos de capacitação para as famílias, uma vez que os municípios e o estado não possuem profissionais suficientes para atender a essas necessidades. “É preciso fornecer treinamento para as famílias e melhorar o transporte para tratamento fora do domicílio, além de aumentar a oferta de profissionais da área”, afirmou o deputado.

Coronel Weliton também abordou o impacto financeiro que essas famílias enfrentam. “O custo com terapias pode chegar a R$ 1.200 mensais. Se o estado promover cursos de capacitação, será possível reduzir esse custo, beneficiando as famílias e o próprio estado”, sugeriu.

O deputado Fábio Duarte (Rede) endossou a fala de Weliton, destacando a importância de apoiar instituições que atendem pessoas com transtornos. “Muitas mães acabam se tornando as únicas responsáveis por seus filhos com transtornos, enfrentando dificuldades para obter o atendimento adequado. Precisamos de mais profissionais e apoio para as instituições, que enfrentam filas enormes”, concluiu Duarte.

A sessão foi marcada pela unanimidade na crítica à Eco101 e pela busca de soluções para melhorar o atendimento às famílias com membros que enfrentam transtornos, refletindo a preocupação dos parlamentares com as questões de segurança nas rodovias e o bem-estar social no estado.

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