Lupi é o 11º ministro a deixar o governo Lula; veja as mudanças na Esplanada

O ex-ministro Carlos Lupi (PDT) se tornou nesta sexta-feira (2) o 11º integrante da Esplanada a ser substituído no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do mandato, em janeiro de 2023. A saída ocorre em meio ao escândalo de fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões do INSS, revelado por uma investigação da Polícia Federal (PF).

Lupi afirmou em audiência na Câmara dos Deputados que tinha conhecimento das irregularidades, mas alegou que não imaginava a dimensão do rombo, estimado em R$ 6,3 bilhões. Ele se responsabilizou pela nomeação do agora ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido na semana passada após denúncias de omissão e má gestão.

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Com a saída de Lupi, o presidente Lula nomeou Wolney Queiroz, ex-deputado federal e atual secretário-executivo da Previdência, para assumir o ministério.

Mudanças na Esplanada

Desde o início do terceiro mandato de Lula, diversas trocas ministeriais ocorreram, motivadas por crises políticas, denúncias, negociações com a base aliada ou ajustes técnicos. Confira abaixo a lista completa das mudanças:

  1. Gabinete de Segurança Institucional (GSI): o general Gonçalves Dias deixou o cargo após a divulgação de imagens no Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi substituído pelo também general Marcos Antônio Amaro.
  2. Direitos Humanos: Silvio Almeida foi substituído por Macaé Evaristo (PT-MG) em uma reestruturação política motivada por embates internos.
  3. Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT-RS) deixou o cargo para atuar como ministro extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul. Sidônio Palmeira, marqueteiro da campanha de Lula, assumiu o posto.
  4. Turismo: Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) foi substituída por Celso Sabino (União Brasil-PA), em um movimento para reforçar a aliança com o centrão.
  5. Esportes: A ex-atleta Ana Moser foi substituída pelo deputado André Fufuca (PP-MA), como parte da estratégia de ampliação do espaço do PP no governo.
  6. Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB-SP) foi transferido para a nova pasta de Micro e Pequenas Empresas, enquanto Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) assumiu o antigo ministério.
  7. Justiça: Flávio Dino deixou seu cargo ao ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, e o ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski assumiu a vaga deixada por ele.
  8. Saúde: A ministra Nísia Trindade foi substituída por Alexandre Padilha (PT-SP) em um movimento de reforço político interno.
  9. Secretaria de Relações Institucionais: Alexandre Padilha deixou o cargo para assumir o Ministério da Saúde, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, assumiu a posição.
  10. Comunicações: Juscelino Filho foi afastado após uma denúncia da PGR por desvio de emendas e foi substituído por Frederico de Siqueira Filho.
  11. Previdência Social: Carlos Lupi (PDT) deixou o cargo após denúncias de omissão diante de fraudes no INSS. Wolney Queiroz, então segundo na hierarquia da pasta, foi confirmado como o novo ministro.

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