B40: facções usam influencers para cooptar jovens e espalhar o terror

Facções criminosas estão recrutando influenciadoras digitais para atrair jovens, especialmente mulheres, e disseminar a ideologia do crime nas redes sociais. A constatação veio após a prisão de 11 mulheres na Operação Faixa Rosa, entre elas Ana Azevedo, que ostentava armas e luxo para mais de 58 mil seguidores.

Segundo a Polícia Civil do Piauí, Ana é integrante da facção Bonde dos 40 (B40) e atuava na divulgação de mensagens do grupo, participação em decisões do “Tribunal do Crime”, arrecadação de dinheiro ilícito e aliciamento de jovens. Na casa dela, a polícia encontrou uma arma de fogo e um celular roubado. O namorado, conhecido como Rangel Matador, também foi preso.

As investigações apontam que as mulheres fazem parte de uma célula feminina com funções estruturadas. Elas organizavam ações logísticas, aplicavam punições internas e promoviam a facção por meio de postagens com armas e símbolos do grupo. Um dos principais canais de articulação era um grupo de WhatsApp chamado “A luta não para”, onde eram discutidas ordens, estatutos e divisão de tarefas.

A Justiça manteve a prisão temporária das mulheres presas na operação. A Polícia Civil afirma que seguirá monitorando as redes e que quem usar influência digital para promover o crime será responsabilizado.

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