Emoção e dobradinha Brasil-Uruguai marcam final do Bocal de Ouro

Uruguaios fizeram a festa na final do Bocal de Ouro 2025, na Arena do Cavalo Crioulo, no sábado (3), em Esteio. Duas das quatro primeiras colocações entre as fêmeas foram conquistadas por criatórios do país vizinho.

Após uma disputa acirrada que levou às lágrimas muitos dos que acompanhavam a prova nas arquibancadas lotadas da Arena do Cavalo Crioulo, a égua Tempestade Charrua (box 31), da Cabanha La Julieta, de Rio Negro (UY), de José Ignacio e Santiago Gomez Platero, sagrou-se Bocal de Ouro montada pelo ginete Ricardo Gigena Wrege. 

Uruguaios fizeram a festa na final do Bocal de Ouro 2025, na Arena do Cavalo Crioulo | abc+



Uruguaios fizeram a festa na final do Bocal de Ouro 2025, na Arena do Cavalo Crioulo

Foto: CREDITO MAURICIO VINHAS/ DIVULGACAO

A emoção tomou conta do criador José Ignacio Platero, que definiu como uma “aposta linda” a conquista obtida em parceria com o ginete. Tempestade foi adquirida no ano passado no Brasil e é considerada essencial no criatório. “Agora é hora de se preparar para o Freio de Ouro na Expointer”, disparou otimista com o futuro da jovem exemplar, que deve se tornar uma das grandes mães do criatório e voltará a Esteio para disputar o Freio de Ouro durante a Expointer. 

A alegria contagiante da grande final veio de dentro da pista. Ao correr a Paleateada, Ricardo Wrege dividiu a prova com o amigo Jorge Missioneiro Filho, que conduziu Santa Alice Sinhá Moça (box 42) ao Bocal de Prata. . A fêmea pertence a Marcelo Bomfiglio Marçal, da Estância Santa Alice, de Rosário do Sul.

O Bocal de Bronze foi para Índia Envenenada del Chamame (box 38), dos criadores Tomas e Martin Marquez, da Cabanha El Chamamé, de Florida, também no Uruguai. O Bocal de Alpaca ficou com Fascinação da Melodia (box 13), de Renaro Cardoso dos Santos, da Cabanha Melodia, de Santiago, montada por Luís Gustavo Rodrigues Ruas.

Disputa entre machos da raça Crioula

Entre os machos, Ópio da Baraúna (box 57) levou a vitória para a Baraúna Agropastoril Industrial Ltda, de Arroio Grande, e foi montado por Raul Teixeira Lima. O criador Vanderlei Guerra comemorou o Bocal de Ouro e resumiu o resultado como “sensacional”. “O Bocal é uma etapa do Freio, é o começo. É um animal fantástico, maravilhoso, que cuidamos desde o pé da mãe, com uma genética importante. Ele provou hoje que é muito bom”, afirmou.

O Bocal de Prata foi para Murano da SNC (box 72), pertencente ao expositor Parceria Murano, da Estância Tamareira e da Cabanha SNC, de Santa Rita do Passa Quatro (SP) e São José dos Pinhais (PR).

O ginete Cezar Augusto Schell Freire foi quem montou o animal. O Bocal de Bronze é de Santa Tecla Recuerdo (box 62), do expositor Rafael Vargas Caetano, montado por Luis Gustavo Rodrigues Ruas. O Bocal de Alpaca nos machos foi para o Condomínio Jaguar da GAP São Pedro (box 93), do expositor Parceria GAP Genética, de Uruguaiana. A montaria ficou a cargo do ginete Fábio Teixeira da Silveira.

Em uma das provas de Bocal mais movimentadas dos últimos tempos, o sábado foi de programação intensa. “O Bocal é sempre repleto de muita expectativa e qualidade. Tivemos neste final de semana um evento lotado. Ver a nossa pista cheia em um dia maravilhoso e com muita qualidade depois de um ano como foi 2024 é uma superação”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), César Augusto Rabassa Hax.

Dois trios de jurados conduziram a avaliação no Bocal de Ouro: Francisco Kessler Fleck, Leonardo Teixeira e Mário dos Santos Suñe, na categoria Fêmeas. Nos Machos, Eduardo Móglia Suñe, Luciano Corrêa Passos e Telmo Peixoto fizeram as avaliações.

O jurado reserva foi Roberto Crespo. O evento também teve transmissão através do YouTube Oficial do Cavalo Crioulo, com apresentação de Sandro Fávero e Estela Facchin, e comentários de Cláudio Neto de Azevedo e Valentina Jardim.

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.