Batman, ex-líder da “Liga da Justiça”, vai para presídio em Brasília

O ex-policial militar Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília em uma operação sigilosa conduzida por agentes da Polícia Penal Federal (PPF).

Anteriormente custodiado na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), ele foi transferido como parte de uma estratégia do sistema penitenciário federal para enfraquecer o comando de facções criminosas e evitar o contato entre líderes e seus subordinados.

Batman liderava a milícia “Liga da Justiça”, que dominava a zona oeste do Rio de Janeiro. A facção, que utilizava o nome inspirado em personagens de histórias em quadrinhos, é considerada a maior e mais conhecida entre os milicianos da história do estado.

Cruz foi preso pela Polícia Federal (PF) em 2009. Desde então, cumpre pena no sistema penitenciário federal. Em fevereiro de 2023, foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão por envolvimento em um duplo homicídio motivado por disputa de pontos de transporte alternativo na zona oeste do Rio.

Segundo o Ministério Público, as vítimas estavam com Francisco César da Silva de Oliveira, o “Chico Bala”, apontado como rival de Batman, quando foram emboscadas. Morreram a mulher e o enteado de Chico Bala, que conseguiu escapar junto com um primo.

Ao condená-lo, a Justiça do Rio destacou a ousadia dos criminosos ao executar o crime em plena luz do dia, diante de várias testemunhas, “certos de sua impunidade”.

Difusão

Com a prisão de Batman, a facção se expandiu e deu origem ao “Bonde do Ecko”, considerada uma das milícias mais perigosas e procuradas do Rio de Janeiro.

Inicialmente liderada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, a organização passou ao comando de seu irmão, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, após a morte de Ecko. Zinho acabou sendo preso pela PF em dezembro de 2023.

É estimado que o grupo fature, em média, R$ 300 milhões por ano com atividades criminosas.

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