Barcelona cria “selfie zone” na Sagrada Família para evitar caos turístico; entenda!

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Sagrada Familia, em Barcelona (pexels/archie)

A selfie perfeita na frente da Sagrada Família vai ter lugar marcado. Literalmente. A prefeitura de Barcelona anunciou a criação de uma zona exclusiva para fotos diante da basílica mais famosa da cidade. A decisão vem como tentativa de aliviar o sufoco diário que moradores e visitantes enfrentam no entorno do monumento, tomado por celulares erguidos e gente parada tentando o melhor clique.

Serão 6.200 metros quadrados de área dedicada aos fotógrafos de si mesmos — o espaço ficará entre a fachada da igreja e a Plaça Gaudí, na Carrer de la Marina. Ali, turistas poderão se concentrar para fazer seus registros sem transformar a calçada em corredor congestionado. A previsão é que as obras comecem logo após o verão europeu e terminem em abril de 2026.

E a data não é aleatória. O mês vai marcar dois momentos simbólicos: o centenário da morte de Antoni Gaudí, o arquiteto que deu vida à Sagrada Familia, e, finalmente, a conclusão da igreja, que começou a ser construída em 1882.

A movimentação turística por ali não é pouca coisa. Só em 2023, foram 4,7 milhões de visitantes. A Sagrada Família é o segundo ponto mais visitado da Espanha, atrás apenas da Alhambra, em Granada. E essa popularidade tem um custo: calçadas entupidas, fila para tudo e locais disputados centímetro a centímetro.

Parte da pressão veio da internet, claro. No ano passado, uma moda no TikTok levou gente a apoiar o celular na escada rolante da estação de metrô próxima, usando os degraus como tripé improvisado para vídeos com efeito traveling — aquele em que a câmera se move suavemente e revela a basílica ao fundo. O resultado era bonito, mas nem sempre terminava bem. Teve celular preso, queda e confusão. A empresa de transporte precisou intervir com cartazes e até funcionário fixo monitorando a cena.

O investimento para essa nova zona de selfies é de 2,7 milhões de euros, parte de um plano maior de 15 milhões para reorganizar a infraestrutura ao redor da catedral. A promessa é equilibrar o turismo com o direito básico de ir e vir dos moradores do bairro, que hoje têm que driblar uma espécie de tapete humano a cada passo.

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