Com aumento de 130%, Pará se destaca com avanço em transplantes

O Pará mais que dobrou o número de transplantes de órgãos realizados entre 2022 e 2024, alcançando um crescimento de 130% no período. Foram 1.512 procedimentos no total, contra 658 no triênio anterior. O avanço posiciona o estado como um dos destaques nacionais na área e reflete o investimento do governo na expansão da rede pública de saúde.

Somente em 2024, o estado realizou 627 transplantes. A maioria foi de córnea (516), mas também houve transplantes de rim (62), fígado (12), tecidos musculoesqueléticos (10) e medula óssea (27).

Segundo o coordenador da Central Estadual de Transplantes, Alfredo Abud, o salto nos números é resultado direto da capacitação de profissionais, da atuação humanizada com as famílias e de uma política pública focada em salvar vidas.

“É um trabalho em rede. Nosso foco está tanto na qualificação técnica quanto no acolhimento de quem enfrenta um momento de dor. A decisão de doar começa na empatia e na informação”, afirma.

Hospital da Mulher realiza primeira captação dois meses após inauguração

Inaugurado em 8 de março de 2025, o Hospital da Mulher do Pará (HMPA) passou a integrar a rede estadual de captação de órgãos em tempo recorde.

Em abril, apenas dois meses após começar a funcionar, a unidade realizou sua primeira captação de múltiplos órgãos — fígado, rins e córneas — de uma paciente com diagnóstico de morte encefálica. A doação foi autorizada pela família.

A vice-governadora Hana Ghassan destacou a importância da atuação integrada entre saúde, acolhimento e inovação.

“O Hospital da Mulher simboliza um novo tempo para a saúde pública no Pará. Em tão pouco tempo, já contribui para salvar vidas, mostrando que gestão eficiente e sensibilidade andam juntas quando o foco é cuidar das pessoas”.

Vice-governadora Hana Ghassan

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Em 2024, o estado realizou 627 transplantes. A maioria foi de córnea, mas também houve transplantes de rim, fígado, tecidos musculoesqueléticos  e medula óssea

Avanço posiciona o estado como um dos destaques nacionais na área e reflete o investimento do governo na expansão da rede pública de saúde
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Inaugurado em 8 de março de 2025, o Hospital da Mulher do Pará (HMPA) passou a integrar a rede estadual de captação de órgãos em tempo recorde

Foto: Ag Pará

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Em 2024, o estado realizou 627 transplantes. A maioria foi de córnea, mas também houve transplantes de rim, fígado, tecidos musculoesqueléticos e medula óssea

Foto: Ag Pará

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Avanço posiciona o estado como um dos destaques nacionais na área e reflete o investimento do governo na expansão da rede pública de saúde

Foto: Ag Pará

A celeridade com que o HMPA passou a contribuir para o sistema estadual demonstra a eficiência da política pública implantada no estado. A diretora-geral da unidade, Nelma Machado, destaca que a conquista é resultado de um trabalho técnico e humano desde a abertura do hospital.

“É a concretização de uma medicina mais humana. A doação é um ato de amor. Nossa equipe está preparada para apoiar as famílias com acolhimento e respeito.” — Diretora-geral do Hospital da Mulher do Pará, Nelma Machado.

Com a inclusão do HMPA, os procedimentos de captação se expandem para além dos hospitais de referência em Belém, como a Santa Casa e o Ophir Loyola. Com essa descentralização de serviços, a rede estadual fica ainda mais fortalecida.

Tecnologia e sensibilização ajudam a salvar vidas

Outro fator que contribui para o aumento dos transplantes no Pará é o uso do aplicativo Aedo, que permite a qualquer cidadão registrar sua intenção de ser doador. A informação pode ser acessada por médicos, ajudando a poupar tempo em situações críticas.

A Sespa também tem reforçado campanhas para incentivar a conversa entre familiares sobre o desejo de doar. “Seja você um doador e avise sua família”, encoraja Alfredo Abud.

Os avanços no Pará estão alinhados ao modelo nacional, que faz do Brasil o segundo país que mais realiza transplantes no mundo

Córnea lidera os transplantes no estado

Nos últimos dois anos, o Pará realizou 1.035 transplantes de córnea — procedimento que pode devolver a visão a pessoas com lesões ou doenças oculares. A captação só é possível após a morte e deve ser feita em até 12 horas.

Para Roseneide Barbosa, tia de uma doadora, a decisão de autorizar a doação foi um gesto de gratidão. “Há 15 anos, um parente nosso recebeu um órgão. Agora, somos nós que ajudamos outras famílias. É difícil, mas também é um ato de amor”, diz.

Brasil é o 2° maior transplantador do mundo

Os avanços no Pará estão alinhados ao modelo nacional, que faz do Brasil o segundo país que mais realiza transplantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. No estado, todos os procedimentos são gratuitos e realizados pelo SUS.

Com mais investimentos, capacitações e entrada de novas unidades no processo de captação, a expectativa é reduzir a taxa de recusa familiar e ampliar ainda mais os números.

Governo do Pará

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