OpenAI descobre que antes de salvar o mundo, é importante pagar as contas

A OpenAI, empresa de inteligência artificial, anunciou uma descoberta interessante neste mês: a fim de continuar com sua missão de desenvolver inteligência artificial (IA) para o bem da humanidade é preciso ter dinheiro para pagar o salário de funcionários. De cientistas até a equipe limpeza, os funcionários da empresa também querem salvar o mundo, a começar por alimentar suas famílias e pagar suas contas.

Após essa descoberta incrível, a OpenAI anunciou uma reestruturação significativa em sua organização. Ela vai manter o controle da empresa sob sua entidade sem fins lucrativos, mas vai converter seu braço comercial em uma Public Benefit Corporation (PBC).

A decisão também responde a pressões de ex-funcionários e a uma prolongada batalha legal com Elon Musk, cofundador da empresa. Enquanto enfrenta um processo judicial marcado para março de 2026.

OpenAI agora é PBC

O anúncio, divulgado por Bret Taylor, presidente do conselho, e seguido de uma carta pessoal assinada por Sam Altman, CEO da empresa, revela que o braço com fins lucrativos da OpenAI será convertido em uma Public Benefit Corporation (PBC).

Uma PBC é uma empresa de propósito específico que combina metas de lucro com compromissos explícitos de benefício público. No entanto, o ponto central permanece inalterado, segundo a empresa: a OpenAI continuará sendo controlada por sua entidade fundadora sem fins lucrativos.

A decisão surge em meio a pressões crescentes de figuras cívicas, ex-funcionários e até de controvérsias legais envolvendo Elon Musk, cofundador da OpenAI.

Após diálogos com os escritórios dos procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware, a fundação decidiu preservar o controle sobre a organização como um todo, ao mesmo tempo em que adapta sua estrutura para suportar os desafios e demandas do cenário atual da IA.

Quando a OpenAI criou sua estrutura de LLC em 2019, foi adotado um modelo inusitado: um sistema de “lucro limitado”, no qual investidores e funcionários tinham retorno financeiro até um teto pré-definido. Esse modelo visava evitar uma busca desenfreada por lucros em detrimento da segurança e da missão da AGI.

No entanto, Sam Altman reconhece que, com o surgimento de múltiplas empresas competindo para construir AGI, esse modelo se tornou obsoleto. Ou seja, precisa de dinheiro para continuar competindo no mercado.

“Fazia sentido quando parecia que haveria apenas um esforço dominante de AGI. Mas hoje o cenário é plural, e precisamos de uma estrutura mais simples, mais escalável, mais competitiva”, disse o CEO.

A nova estrutura de PBC permitirá que todos os funcionários e investidores tenham ações normais. Desse modo, mantendo ao mesmo tempo o compromisso legal com a missão social da empresa.

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