PGR defende denúncia e afirma que acusados “agiam para manter Bolsonaro no poder”

A subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, pediu nesta terça-feira (6) que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia contra sete investigados apontados como integrantes do chamado ‘Núcleo 4’ da trama golpista de 2022. Segundo ela, todos tinham plena ciência de que o objetivo do grupo era impedir a posse de Lula e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após sua derrota nas urnas.

“Todos tinham consciência e agiam no sentido de alcançar o objetivo comum, que era exatamente não permitir que o governo legitimamente eleito exercesse o mandato e manter o presidente Jair Bolsonaro no exercício do cargo”, afirmou Sampaio durante a sessão.

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Conhecido como “núcleo de desinformação”, o grupo teria utilizado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para implementar uma central de contrainteligência, segundo a denúncia da PGR. O objetivo seria promover desinformação, monitorar autoridades e atacar instituições democráticas.

Os denunciados são:

  • Ailton Barros, capitão reformado do Exército;
  • Ângelo Denicoli, major da reserva;
  • Carlos César Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército e ex-servidor da Abin;
  • Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Bormevet, policial federal e ex-servidor da Abin;
  • Reginaldo Abreu, coronel do Exército.

Eles são acusados dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

A análise do STF se concentra em decidir se os elementos apresentados pela Procuradoria-Geral da República são suficientes para transformar os investigados em réus. Caso a Primeira Turma aceite a denúncia, o grupo passará à condição de réus formais no inquérito que apura o plano golpista.

Com o julgamento desta terça-feira, sobe para quatro o número de núcleos da suposta organização investigada pelo STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro já é réu no processo, por sua participação no que a PGR classifica como núcleo de comando político da tentativa de ruptura institucional.

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