Sem reposição salarial, servidores de Novo Hamburgo vão definir próximos passos em assembleia

Uma assembleia dos servidores públicos municipais de Novo Hamburgo está marcada para esta quarta-feira (7), a partir das 18h30, na sede do Grêmio Sindicato dos Funcionários Municipais (GSFM), localizada na Rua General Osório, 923, no bairro Hamburgo Velho. O encontro ocorre após a Prefeitura anunciar, na última sexta-feira (2), que não terá recursos para conceder a recomposição salarial anual dos servidores em 2025.

Prefeitura alega calamidade financeira; sindicato avalia medidas de resposta da categoria | abc+



Prefeitura alega calamidade financeira; sindicato avalia medidas de resposta da categoria

Foto: Eduardo Amaral/GES-Especial

Segundo a administração municipal, a decisão é motivada por um déficit médio mensal de R$ 14 milhões, além da decretação de estado de calamidade financeira, oficializada em março deste ano. Diante desse cenário, a Prefeitura afirma que está inviabilizada a concessão da revisão geral anual no próximo ano.
A recomposição salarial costuma ser discutida anualmente com os servidores estatutários e do magistério no mês de abril, data-base estabelecida para a negociação dos reajustes.

Impacto nos servidores

Para o presidente do GSFM, Vilson dos Santos, a ausência da reposição inflacionária compromete diretamente a qualidade de vida dos servidores. “Não ter dissídio, a reposição das perdas da inflação, é muito ruim. Porque o custo de vida sobe, mas o salário do servidor continua igual. Isso afeta o básico: pagar contas, sustentar a família. Por isso vamos nos reunir em assembleia para decidir os próximos passos da categoria”, afirmou.

Servidores da Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo – também demonstraram indignação. Segundo relatos, a categoria reivindica a reposição de 5% das perdas inflacionárias. “Não estamos pedindo aumento, estamos pedindo que nosso salário seja mantido. Enquanto a tarifa da água aumentou e a arrecadação subiu, nosso salário perdeu poder de compra”, criticou Dagoberto Rocha Ribeiro, primeiro tesoureiro da ASCOM – Associação dos Funcionários da Comusa.

Dagoberto também lamentou a ausência de diálogo entre a Prefeitura e os trabalhadores. “Não houve conversas com os servidores. Vamos continuar mostrando nossa insatisfação. Precisamos mobilizar a categoria e levar nossas pautas adiante. O serviço público é essencial e precisa ser valorizado”, completou.

Paralisação em pauta

Entre as pautas que serão levadas à assembleia pelos servidores da Comusa está a proposta de uma paralisação de um dia, mantendo 30% dos serviços em funcionamento, em respeito à legislação que regula o direito de greve em atividades essenciais do serviço público. “Os demais servidores permaneceram no pátio”, adianta. A proposta irá a votação no encontro. 

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