EUA retira opositores de Maduro da embaixada da Argentina em Caracas

Os cinco asilados políticos e apoiadores da equipe da líder da oposição ao governo de Nicolás Maduro, Maria Corina Machado, estão em território americano após conseguirem sair da Venezuela na tarde dessa terça-feira (6/5) em uma operação cercada de sigilo. Eles estavam há mais de 400 dias refugiados na sede diplomática da Argentina em Caracas.

Através das redes sociais, o secretário de Estado de Washington, Marco Rubio, informou que “os Estados Unidos comemoram o resgate bem-sucedido”, “após uma operação precisa, todos os reféns estão agora em segurança em solo americano”.

Sem dar maiores explicações, Rubio agradeceu “as pessoas envolvidas na operação e aos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos”.

Fontes não oficiais afirmam que se trata de uma operação de retirada dos asilados. Em março de 2024, seis integrantes da equipe de Machado buscaram refúgio na sede diplomática argentina.

Eles foram acusados pelo Ministério Público venezuelano de terrorismo, conspiração e traição à pátria. As acusações aconteceram após as eleições primárias opositoras, vencidas por Maria Corina Machado.

Custódia do Brasil

Desde agosto de 2024, a sede diplomática estava sob custódia do Brasil após os diplomatas da Argentina serem expulsos da Venezuela depois que o presidente Javier Milei questionou a veracidade da eleição presidencial de julho passado.

Os asilados eram Magalli Meda, chefe de campanha do Comando com Venezuela; Claudia Macero, da equipe de Comunicação de Machado; Omar González Moreno, ex-deputado; Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos, membros do partido Vente Venezuela, liderado por Maria Corina. O sexto asilado, Fernando Martínez Mottola, deixou a sede diplomática em dezembro passado e acabou falecendo em fevereiro deste ano.

Maria Corina Machado, pelas redes sociais, classificou a operação de “impecável e épica”. Ela também agradeceu “todos que tornaram possível [a retirada do grupo]”, e garantiu: “vamos liberar cada um dos 900 heróis presos”, em referência aos presos políticos no país.

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