Movida (MOVI3) tem lucro líquido de R$ 78,5 mi no 1º tri, maior dos últimos 2 anos

Movida (MOVI3), locadora de veículos do Grupo Simpar (SIMH3), registrou lucro líquido R$ 78,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, com alta de 61,5% na comparação com o mesmo período de 2024. O lucro bateu recorde e foi o maior número dos últimos dois anos para a Movida.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,388 bilhão no 1T25, com crescimento anual de 26,3%. A margem Ebitda sobre a receita líquida total da companhia no período foi a 37,5%, com alta de 2,4 pontos percentuais quando comparada com a linha do 1T24. A receita líquida teve alta de 18,1%, em R$ 3,568 bilhões, com alta de 18,1%, e foi também recorde para a companhia.

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A Movida encerrou o trimestre com uma frota total de 257 mil carros e venda de 25 mil carros no primeiro trimestre do ano, com R$ 1,7 bilhão de receita líquida no segmento Seminovos.

A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, recuou por mais um trimestre, para 3,07 vezes, com redução de 0,12 vez. O indicador apresenta redução pelo terceiro trimestre consecutivo, refletindo esforços com disciplina de execução e redução de pagamento de carros a montadoras.

A linha é uma das principais de passivo da Movida e teve redução de R$ 1,8 bilhão pelo desembolso de caixa referente a concentração de compras de carros no quarto trimestre de 2024, pela alta sazonalidade. Metade do pagamento que foi efetuado no primeiro trimestre será realizado no segundo, portanto, o cronograma de pagamentos de deve trazer valores menores.

O resultado também é fruto de esforços de redução de custos. Para tanto, cada uma das linhas de despesas foi analisada, em busca de oportunidade de cortes e melhor utilização de recursos, como parte de programa de redução de custos.

Como visto no trimestre passado, a companhia seguiu avançando com os preços de diárias, dessa vez em 21%. Ainda assim, a demanda seguiu firme. “Conseguimos subir o preço e aumentar a demanda”, afirmou Gustavo Moscatelli, CEO da Movida ao InfoMoney.

O executivo mencionou que a recomposição de preços deve seguir e que um componente essencial para que a companhia consiga manter a estratégia é a “inteligência de precificação”. Isso faz com que os necessários aumentos sejam realizados de forma proporcional às demandas dos carros, que são diversas.

A taxa de ocupação em RAC – percentual da frota alugada em relação à frota média operacional – foi de 71,7% no trimestre, com queda de 8,5 p.p. na comparação anual. No entanto, a receita média por carro no período foi de R$ 3.339, aumento de 7,5% ano a ano. O yield teve crescimento de 0,3 p.p., para 4,2% ao mês.

Outro ponto que favoreceu a divisão de locação de carros foi o ajuste ao mix da frota, que se tornou ainda mais presente. Com a alteração do mix, o segmento de Seminovos também apresentou impulso, uma vez que a mudança para veículos com valores de entrada tornou a venda mais fácil e mais adequada ao perfil de cliente que busca o veículo usado. A estratégia, que de acordo com o CEO vem sendo realizada a dois anos, permitiu maior participação de carros com maior liquidez de giro.

Além disso, o aumento de preços dos carros novos também favoreceu a busca por seminovos. As vendas cresceram 6,6% e ficaram em 24.784 carros. Com isso, a receita líquida ficou em R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre, com alta de 10,7%.

Por fim, na frente de gestão e terceirização de frotas (GTF), a receita líquida somou R$ 993 milhões no primeiro trimestre, com crescimento de 37,87%. “O segmento tem se mostrado muito resiliente”, afirma o CEO. A representatividade da unidade de negócios ficou em 53%, em linha com a estratégia da companhia, já apresentada no trimestre passado, de dedicar 60% dos investimentos para a frente, o que garante maior previsibilidade para o negócio.

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