Petrobras estuda adaptar plataforma antiga para Barracuda e Caratinga, dizem fontes

Sede da Petrobras 9/03/2020 REUTERS/Sergio Moraes

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras (PETR4) estuda adaptar uma das plataformas que constam em seu plano de descomissionamento para atuar nos campos de Barracuda e Caratinga, após o cancelamento definitivo de uma licitação que visava o afretamento de uma embarcação do tipo FPSO para revitalização da produção de petróleo na área, disseram a Reuters duas fontes próximas ao assunto.

Conforme os estudos, a Petrobras poderá adaptar, por meio de obras e outras intervenções, a P-35 ou a P-37, que ficam na Bacia de Campos.

“Essa é uma alternativa já que o ativo já está com a Petrobras. Precisaria de uma adaptação, uma obra que levaria em média seis meses”, disse uma das fontes, em condição de sigilo.

“É mais barato, mais rápido e mais racional do que uma concorrência ou até mesmo do que um BOT”, adicionou uma segunda fonte, sem dar projeção de custo.

Em fevereiro, a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Renata Baruzzi, afirmou que a petroleira poderia relicitar a plataforma por meio do modelo BOT, uma modalidade de contratação na qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um período inicial definido em contrato. Nesse tipo de modelo, a operação é transferida para a estatal.

“O BOT é sempre interessante, mas a Petrobras tem metas e quer alavancar o descomissionamento de unidades”, disse uma das fontes.

A Petrobras considera a adaptação de plataformas que já pararam de produzir para outros campos de petróleo como uma alternativa, enquanto enfrenta dificuldades para contratar embarcações novas por preços que permitam a viablidade dos projetos.

A Reuters antecipou neste ano que a única proposta na licitação para o afretamento de um FPSO para Barracuda e Caratinga havia sido feita pela empresa indiana Shapoorji Pallonji Energy, mas o valor teria ficado acima do esperado pela petroleira estatal, de acordo com duas fontes.

“Os prazos recursais por parte da empresa indiana foram esgotados, as análises feitas não deram ganho de causa e agora o processo está liquidado”, adicionou a fonte.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente.

Em seu plano estratégico, a Petrobras prevê US$ 9,9 bilhões para o descomissionamento de dez plataformas nos próximos cinco anos.

Em abril deste ano, a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou garantias financeiras apresentadas pela Petrobras da ordem R$72 bilhões que asseguram as obrigações de descomissionamento de instalações em 127 campos de produção de petróleo e gás da companhia.

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