Trump reclama que Judiciário “ativista” nos EUA não o deixa governar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua rede Truth Social, nesta quarta-feira (7/5), para afirmar que o sistema judiciario dos EUA está lhe impedindo de realizar o trabalho que foi “eleito para fazer”. A fala acontece após o governo trumpista ter mais uma derrota em relação a política de imigração.

“Nosso sistema judiciário não me deixa fazer o trabalho para o qual fui eleito. Juízes ativistas devem permitir que o governo Trump deporte assassinos e outros criminosos que entraram ilegalmente em nosso país, sem demora”, escreveu Trump.

A decisão que desagradou o presidente norte-americano foi a do juiz federal que ordenou nessa segunda-feira (5/5) que a administração de Donald Trump permita a entrada de 12 mil refugiados nos Estados Unidos.

A decisão tomada nessa segunda esclarece os contornos de outra decisão, emitida em abril por um tribunal de apelação federal, que autorizava a administração Trump a suspender as admissões de refugiados, ao mesmo tempo em que permitia a entrada daqueles que já haviam obtido esse status e organizado sua viagem para os Estados Unidos.


Trump x Judiciário

  • As discordâncias de Trump com o Judiciário sobre a imigração começaram quando o juiz federal James Boasberg determinou a suspensão do voo de deportação de um grupo de 238 supostos membros de gangues venezuelanas, além de 23 integrantes da MS-13, a uma prisão em El Salvador.
  • O governo Trump ignorou a ordem.
  • Entre os presos deportados estava o imigrante Kilmar Armando, acusado de integrar a gangue MS-13, o que foi comprovado como uma mentira.
  • A juíza distrital Paula Xinis ordenou que o governo Trump tomasse medidas para devolver o imigrante de uma prisão em El Salvador para os EUA. Em 11 de abril, a Suprema Corte manteve a decisão da primeira instância. E, mesmo assim, o homem segue preso.
  • No dia 19 de abril, a Suprema Corte dos Estados Unidos, de forma temporária, barrou a deportação de venezuelanos imigrantes sujeitos à Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, que permite monitorar, prender e deportar cidadãos de “países inimigos” de forma rápida e sem precisar seguir o devido processo legal das cortes migratórias.
  • A decisão da Suprema Corte aconteceu após horas de litígio frenético em 18 de abril. Advogados dos detidos entraram com petições nos tribunais do Norte do Texas e de Washington, bem como no Tribunal de Apelações dos EUA para o 5º Circuito, sediado em Nova Orleans, esperando que um deles impedisse as deportações.

 

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