Wellington Dias diz que benefícios sociais eram “esculhambação” sob Bolsonaro

Wellington Dias (PT), ministro da Assistência Social e Combate à Fome (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, criticou nesta quarta-feira (7) o que chamou de “esculhambação” na gestão dos programas sociais durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ministro, a administração do ex-presidente foi marcada por fraudes no Bolsa Família e no Cadastro Único (CadÚnico), que agora estão sendo combatidas por uma rede ampliada de fiscalização.

“No 1º ato do presidente Lula, ele já trouxe de volta a Rede Federal de Fiscalização. É com o dinheiro do povo, dinheiro dos impostos que o povo paga, que trabalhamos a proteção social”, afirmou Dias em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do Canal Gov.

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O ministro explicou que a Rede Federal de Fiscalização atual é “bem mais ampla”, com o envolvimento de órgãos como a Polícia Federal (PF), a Advocacia Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU). De acordo com ele, essa estrutura mais robusta foi fundamental para identificar e cancelar benefícios irregulares.

“Quando eu assumi, tinha fraudes no Auxílio Brasil [nome do Bolsa Família no governo Bolsonaro]. Chegamos a cancelar [benefícios] por fraude. Veja que praticamente não teve contestação [dos cancelamentos]. Porque era gente com um documento falso, gente que já tinha morrido [e estava] recebendo. Era, vou usar uma palavra de povo, uma esculhambação”, criticou o ministro.

Desde o início do governo Lula, em janeiro, foram cancelados 2,4 milhões de benefícios concedidos a famílias unipessoais, grupo considerado mais suscetível a fraudes. Segundo o governo, muitas dessas pessoas utilizavam documentos falsos ou mantinham cadastros irregulares. O número total de famílias no Bolsa Família atualmente é de 20,5 milhões, das quais 3,5 milhões são de famílias unipessoais.

O pente-fino nos cadastros foi reforçado em março, com a publicação de um decreto que determinou uma verificação mais rigorosa dos beneficiários unipessoais. Agora, esses inscritos só podem ingressar no programa após uma entrevista domiciliar que comprove a situação de vulnerabilidade social.

A medida visa garantir que apenas pessoas em situação de necessidade recebam o benefício. O governo espera economizar R$ 7,7 bilhões neste ano com a revisão dos cadastros e outros ajustes.

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