Advogado gaúcho envolvido em esquema de fraudes suspeito de movimentar R$ 50 milhões é temporariamente impedido de exercer a profissão

Um dos advogados envolvidos no esquema de fraudes que desencadeou uma operação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (8) foi impedido, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul, de exercer a profissão temporariamente.

CLIQUE AQUI PARA ENTRAR NA COMUNIDADE DO ABCMAIS NO WHATSAPP

Buscas foram em Porto Alegre, Glorinha e Xangri-Lá | abc+



Buscas foram em Porto Alegre, Glorinha e Xangri-Lá

Foto: Polícia Civil

Em nota divulgada nesta noite, a instituição afirma que “determinou a suspensão cautelar do advogado Fernando Daniel Nardon”. O texto aponta que o presidente da OAB RS, Leonardo Lamachia, decidiu afastar o advogado das atividades por conta “da gravidade dos fatos apurados, além de resguardar a integridade da advocacia e os interesses da sociedade”.

“Dessa maneira, a OAB/RS reafirma que não compactua com qualquer ilegalidade, ato ilícito ou atuação antiética de qualquer advogada ou advogado”, destaca a nota. “A Ordem gaúcha garante ao advogado suspenso o pleno direito à ampla defesa, ao contraditório e ao devido processo legal”, ressalta.

LEIA MAIS: Roblox e Discord: Família acredita em clonagem de IP de suspeito de planejar atentado no show da Lady Gaga

Quanto aos outros oito suspeitos de lesar aposentados e servidores públicos, a instituição afirma que segue “analisando os fatos de forma individualizada para tomar as medidas cabíveis”. 

Ao todo, 14 pessoas atuavam no esquema. Segundo a Polícia Civil, eles cometiam fraudes em nome de clientes, acarretando um prejuízo que pode chegar a R$ 50 milhões. As ações criminosas aconteciam em massa contra instituições financeiras em todo o País. Nesta quinta-feira (8), foram cumpridos mandados judiciais durante a Operação Malus Doctor.

CLIQUE AQUI PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER

A investigação aponta que o grupo ajuizou mais de 145 mil ações judiciais potencialmente fraudulentas, sendo 112 mil somente no RS e cerca de 30 mil em São Paulo. O principal advogado investigado e apontado como líder do grupo é responsável por aproximadamente 47% de todas as ações movidas contra instituições bancárias no Tribunal de Justiça do Estado (TJRS).

Os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, uso de documento falso, fraude processual, patrocínio infiel, apropriação indébita e associação criminosa.

*Colaborou: Kassiane Michel.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.