Al-Qaeda declara guerra contra a Índia após ataques no Paquistão

A Al-Qaeda no subcontinente (AQIS) declarou guerra santa contra a Índia, após os bombardeios indianos no Paquistão. A ameaça, que coloca ainda mais pólvora no barril com poder explosivo entre duas potências nucleares, surgiu em uma declaração divulgada na quarta-feira (7/5).

No comunicado, o braço do grupo terrorista fundado por Osama Bin Laden acusou a Índia de conduzir uma guerra contra o Islã e muçulmanos – assim como eles. Por isso, a AQIS “convocou” todos os seguidores do islamismo no subcontinente indiano a se juntarem na “Jihad Fi Sabililah” (guerra santa em parte de Alá, em tradução livre).

A região citada pela organização extremista é composta por partes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh, Butão, Nepal, Sri Lanka e Maldivas.

Escalada entre Índia e Paquistão

Na terça-feira (6/5), o governo de Narendra Modi lançou a “Operação Sindoor”, e realizou uma série de bombardeios contra o Paquistão, além de regiões governadas por Islamabade na Caxemira. Nova Déli informou que a medida visava localidades supostamente utilizadas por grupos terroristas que atuam no território paquistanês, e disse que ao menos nove alvos foram atingidos.

A medida surgiu após um ataque na Caxemira, no final de abril, que deixou 26 turistas mortos. Após o atentado, o governo da Índia apontou grupos separatistas, apoiados pelo Paquistão, de serem os responsáveis pela ação.

Depois de ser atacado, o governo paquistanês não hesitou e lançou uma rápida resposta. Os ataques visaram posições indianas próximos a linha de controle entre os dois países na Caxemira. Além de um quartel-general e um posto militar, o Ministério da Defesa do país disse também ter destruído cinco aeronaves da Índia. 

Em menor escala, as hostilidades entre os dois países continuou na quarta-feira (7/5), com registros de atividades de drones e sistemas de defesa aéreos.

Ao todo, as hostilidades já provocaram 47 mortes. Segundo o governo do Paquistão, 31 pessoas morreram desde o início da semana. Já a Índia contabiliza 16 mortos desde a escalada de violência.

 

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