Homem que matou a esposa em Novo Hamburgo e fugiu com a filha de 5 anos se torna réu

A Justiça aceitou nesta quarta-feira (7) a denúncia do Ministério Público do Estado (MPRS) contra Airton da Silva Fonseca, de 32 anos, acusado de matar a companheira, Franciele Greff Mentz, de 33 anos, na madrugada de 12 de abril, no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo.

Franciele Greff Mentz, de 33 anos | abc+



Franciele Greff Mentz, de 33 anos

Foto: Arquivo pessoal

Conhecida por amigos e familiares como Francy, a vítima foi morta a facadas dentro da casa onde morava com o companheiro e a filha do casal, de 5 anos, na Rua Lima.

CLIQUE AQUI PARA FAZER PARTE DA COMUNIDADE DE NOVO HAMBURGO NO WHATSAPP

A denúncia foi formalizada na última segunda-feira (5) pelo promotor de Justiça Robson Barreiro. Segundo o Ministério Público, o crime se enquadra como feminicídio, foi cometido com extrema crueldade, dificultando qualquer chance de defesa da vítima, e na presença da filha do casal — o que agrava ainda mais o caso.

De acordo com a investigação, Franciele foi atacada enquanto ainda estava deitada na cama. A perícia constatou grande quantidade de sangue sobre o colchão, indicando que o primeiro golpe foi desferido naquele local. A vítima ainda tentou fugir, mas caiu antes de conseguir sair da residência. Após o crime, Fonseca teria tentado limpar vestígios de sangue, trocou de roupa e fugiu levando a filha. Ele seguiu até a casa do pai, em São Leopoldo, onde deixou a criança e contou o que havia feito. Acabou preso em flagrante naquele mesmo dia e segue preso preventivamente.

LEIA TAMBÉM: Advogados do RS são investigados por esquema de fraudes; grupo é suspeito de movimentar R$ 50 milhões 

Além do pedido de responsabilização criminal, o Ministério Público solicitou o pagamento de indenização por danos causados à família da vítima. O juiz Flavio Curvello Martins de Souza aceitou a denúncia e o denunciado se tornou réu. O caso deve ser julgado pelo tribunal do júri.

Para a advogada Caterine Rosa, contratada pela família de Franciele para atuar como assistente de acusação no processo, o caso reflete a brutalidade de mais um feminicídio. “É um caso triste e cruel, mais um feminicídio, mais uma criança sem pai e sem mãe. É impensável também o que essa criança está sentindo, pois estava presente no momento do fato, no mesmo quarto”, afirma.

CONFIRA: Morador de Novo Hamburgo suspeito de planejar atentado no show de Lady Gaga passa por audiência de custódia 

Ela ressalta que, apesar dos avanços no processo, não há o que celebrar. “A denúncia nos traz a certeza que ele será devidamente julgado. Esperamos pena máxima. Não temos o que comemorar, mas um caso desses merece o rigor do Poder Judiciário”, conclui.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.