Ibovespa: qual é a conjunção de fatores que faz o índice saltar 3% e renovar máxima?

Uma conjunção de fatores internos e externos conduziu o Índice Bovespa nesta quinta-feira, 8, a uma alta expressiva no dia, superando a marca dos 137 mil pontos, com ganhos de quase 3%. Um dia depois das decisões de política monetária dos bancos centrais brasileiro e norte-americano, os investidores amanheceram já repercutindo o anúncio do primeiro acordo comercial dos Estados Unidos após o tarifaço.

Às 13h (horário de Brasília), o Ibovespa salta 2,93%, a 137.302 pontos, enquanto ultrapassou 137.634 pontos, na máxima até o momento, novo recorde intradia.

Os entendimentos com o Reino Unido, confirmados em entrevista coletiva de Donald Trump, criaram a expectativa de sinalização de novos acordos sustentou as bolsas desde a abertura. Ainda assim, o ambiente foi de cautela, enquanto investidores esperavam para saber se os termos do acordo seriam vantajosos não apenas para os EUA, mas também para o Reino Unido, tradicional parceiro norte-americano.

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Internamente, pesou positivamente o resultado trimestral do Bradesco (BBDC4) no primeiro trimestre, o que turbinou as ações de todo o setor financeiro. O Itaú (ITUB4) divulga o seu balanço após o fechamento do dia e a expectativa é de que os dados confirmem o melhor momento do setor, cujas oscilações superam a do Ibovespa no acumulado do ano.

Embora com peso muito menor que o dos bancos, o setor de varejo e consumo também se destacou, com várias empresas figurando entre as maiores altas do índice.

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Na avaliação de Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença, a razão para a alta das ações de varejo esteve relacionada à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, mas retirou a sinalização de novo ajuste.

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Para Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, embora não se possa cravar que o Copom manterá a Selic inalterada nas próximas reuniões, a comunicação do comitê ontem criou um ambiente de melhora de humor para o mercado de ações.

“A decisão de elevar a taxa em 0,50 ponto era esperada; não fugiu do que era esperado pelo mercado. Mas a comunicação veio levemente mais dovish, sem a contração de uma alta para a próxima decisão. E isso trouxe um bom humor para o mercado”, disse ele. “O mercado interpretou que o ciclo de aumentos de juros pode ter se encerrado e que a Selic pode voltar a cair no final deste ano ou início do próximo. Embora o cenário seja muito indefinido, o mercado tenta se antecipar às tendências. Nesse sentido, a queda do dólar e dos juros futuros contribuiu muito para a dispara das ações de varejo”, afirma.

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