Mãe é presa suspeita de torturar filha de 1 ano e ameaçar matá-la para forçar ex a reatar relação; veja prints


Mulher de 28 anos negou as agressões em depoimento a Polícia Civil. De acordo com a investigação, ela enviava fotos e vídeos das lesões da criança para o pai. Mulher é presa suspeita de torturar a própria filha de 1 ano em Anápolis
Uma mãe de 28 anos foi presa suspeita de torturar a filha de um ano de idade para forçar o ex a reatar o relacionamento, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com a investigação, a mulher enviava fotos e vídeos das lesões da criança para o pai e ameaçava espancá-la e até matá-la (veja prints abaixo).
“Sua filha está toda machucada. Toda roxa porque você não é pai o suficiente. E se você não resolver isso, vou deixar o corpo dela na sua calçada”, escreveu a mãe em uma das mensagens.
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Ao g1, a delegada Aline Lopes, disse que o caso começou a ser investigado após o pai da criança, um empresário de 51 anos, ter procurado a polícia. Devido à gravidade do ocorrido e após um parecer favorável do Ministério Público, o pedido de prisão preventiva foi deferido pela Justiça. O mandado de prisão foi cumprido na quarta-feira (7).
Em depoimento, a mulher negou as agressões. Como o nome da investigada não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dela para que pudesse se posicionar até a última atualização desta reportagem.
A delegada pontuou que o casal estava separado a cerca de um mês e que a mãe estava morando sozinha com a filha. Nas mensagens divulgadas pela polícia, a mulher afirmou que estava com ódio do ex-companheiro e que se ele não fosse até ela ou atendesse suas ligações a filha sofreria as consequências.
“Essa mulher será recolhida a unidade prisional, onde vai ficar à disposição do Poder Judiciário e vai responder pelo crime de tortura, cuja a pena pode chegar até 8 anos de prisão”, explicou a investigadora.
Mãe é presa suspeita de torturar a filha, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Agressões e ameaças de morte
Em um dos prints, a mãe chegou a pedir que tirassem a criança dela, antes que a matasse. “Eu espanquei ela de ódio de você. Se o juiz não tirar ela logo daqui, serei capaz de matar ela. Tira essa menina daqui de perto de mim”, escreveu.
A mulher dizia que o ex era “mentiroso” e “miserável”. Em algumas das mensagens, ela pontuou que estava tentando falar com ele há um mês e que ele havia feito filho para “deixar jogado”.
O pai pediu que a mulher parasse com as agressões. “E ainda bate na nossa filha, que não tem nada com isso. Para de bater nela, por favor”, pediu.
“Amanhã jogo ela em um saco preto na sua calçada, não estou brincando. Se você não vier hoje, eu vou bater nela todos os dias”, ameaçou a mulher.
“Vou descontar tudo na sua filha. Ela está tão roxa que nem pode sair de casa”, disse em uma das mensagens.
Ela também ameaçava o ex de morte e afirmou que se a filha morresse o seu problema acabaria. “Hoje estou com vontade de matar nossa filha e depois te matar. Estou pensando em matar nossa filha afogada. Se eu matar ela, meu problema acaba”, alegou a mãe.
Mulher enviou mensagens para o ex ameaçanado matar a filha caso eles não voltassem a ficar juntos, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
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Investigação
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
A denúncia foi formalizada no sábado (3), mas as investigações iniciaram na segunda (5), na mesma data a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) fez o pedido de prisão da mãe. Na manhã de terça (6), o pai entrou em contato novamente com a polícia, alegando que as ameaças continuaram.
“Em virtude do risco iminente que a gente constatou, nós optamos por ir até o local, ver a situação da criança e retirá-la de lá”, declarou Aline Lopes.
No momento em que o Conselho Tutelar retirou a menina da casa, a investigadora pontuou que a mãe não esboçou nenhuma reação negativa. “Ela ficou feliz de tirar a criança. Ela disse que só queria se o pai da criança voltasse, que sem ele poderia dar para a adoção”, relatou.
Mesmo separados, o empresário continuou mantendo a casa onde a mulher morava com a criança. A delegada contou que o homem relatou que o relacionamento foi rompido devido ao comportamento agressivo da ex.
No momento que a criança foi acolhida, ela estava com um hematoma roxo na bochecha. Para a polícia, a mãe alegou que a menina foi derrubada por um cachorro. A menina passou por um exame de corpo de delito, mas as lesões mostradas nas fotos que ela enviava para o pai, não puderam ser comprovadas.
“Em algumas das fotos mostra o rosto da criança. Ela [a mãe] negou que tenha agredido a criança e falou que tirava a foto do Pinterest [aplicativo de fotos]. Só que nós verificamos e não havia no histórico de pesquisa nenhuma imagem desse tipo”, explicou a delegada.
As imagens que a mãe mandava para o pai eram de visualização única. Em alguns casos, ele conseguiu registrar por outro telefone e enviou para a polícia.
Guarda da criança
Conforme informado pela polícia, a criança foi encaminhada para um abrigo e está sob acompanhamento dos órgãos competentes. A delegada mencionou que, a princípio, o pai declarou que não tinha condições de ficar com a filha, assim como nenhum parente próximo.
Após a prisão da mulher, o empresário disse que tem interesse em ficar com a filha. A decisão acerca da guarda da criança será analisada pelo Conselho Tutelar.
“Ele entrou em contato com a Polícia Civil, alegando que tem sim interesse em ficar com a criança e que não quis ficar antes por medo dela, porque ela já havia o ameaçado e ido no trabalho dele, pichado o local e ameaçado a mãe dele”, destacou a delegada.
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