O Papa é gringo! O que EUA e Peru têm em comum além de Leão XIV?

Novo Papa Leão XIV na sacada da Basílica de São Pedro (Reprodução/Youtube)

Nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, um nome inédito apareceu na sacada da Basílica de São Pedro: Leão XIV. O mundo olhou curioso. Quem era esse novo líder da Igreja Católica com nome de rei e sotaque de duas pátrias?

A resposta veio logo depois: Robert Francis Prevost, nascido em Chicago, 69 anos, americano de nascimento — e, surpreendentemente, também peruano de coração e documento. Sim, o novo papa é o primeiro norte-americano a ocupar o trono de Pedro. Mas sua história de doação parece ter se formado bem longe dos arranha-céus de Illinois.

Prevost passou boa parte da vida em missão no Peru, onde chegou nos anos 80 e acabou se tornando bispo da cidade de Chiclayo. Foi ali que aprendeu a amar o espanhol, os gestos do povo latino e a realidade de uma América Latina que pulsa fé e resistência. E foi ali também que adotou uma segunda nacionalidade, selando oficialmente o elo entre os dois mundos.

No discurso de estreia como pontífice, Leão XIV homenageou seu antecessor, Papa Francisco, e soltou palavras doces em espanhol para seus ex-paroquianos peruanos — “mi querida diócesis de Chiclayo”, disse ele, com emoção. Um gesto que não passou despercebido: o papa americano falou ao Sul com a naturalidade de quem conhece seus caminhos de terra, suas dores e esperanças.

Mais do que uma quebra de protocolo geográfico, a escolha de Leão XIV parece carregar um recado claro: a Igreja quer continuar se abrindo ao mundo. Do poder simbólico dos Estados Unidos à fé popular das comunidades andinas, o novo papa representa um encontro de culturas, uma síntese de Norte e Sul, de centro e periferia.

Mas além disso, o que os destinos Estados Unidos e Peru têm em comum quando o assunto é turismo?

Listamos sete curiosidades que aproximam essas duas nações tão distintas — e ao mesmo tempo surpreendentemente parecidas para quem viaja:

O Peru é um país com uma história milenar, marcada pela civilização Inca (Freepik/Wirestock)

1. Patrimônios culturais e históricos ricos
O Peru é lar de Machu Picchu e de diversos vestígios do Império Inca. Os Estados Unidos têm relíquias como a Independence Hall, na Filadélfia, e locais indígenas preservados como Mesa Verde. Ambos oferecem experiências ligadas à história ancestral e valorizam a preservação de sítios arqueológicos.

2. Diversidade geográfica e natural
O Peru reúne Amazônia, Cordilheira dos Andes e litoral no Pacífico. Já os EUA vão de desertos áridos a florestas, montanhas rochosas e arquipélagos tropicais como o Havaí. São dois países com ecossistemas variados, perfeitos para o turismo de aventura, trilhas e contato com a natureza.

3. Gastronomia em destaque mundial
A cozinha peruana já foi considerada uma das melhores do mundo, com pratos como ceviche e lomo saltado, influenciada por tradições andinas, africanas e orientais. Os EUA oferecem uma culinária diversa, com movimentos regionais fortes, como o sulista, cajun e tex-mex. Ambos investem na gastronomia como motor do turismo.

4. Turismo de aventura em alta
O Peru tem trilhas famosas como a Inca Trail e destinos radicais como Huacachina e a Amazônia. Os EUA concentram parques nacionais como o Grand Canyon, Yosemite e Yellowstone. Os dois oferecem opções para quem busca natureza com um pouco de adrenalina.

Chicago é a terra natal do novo Papa(Freepik)

5. Povos originários e heranças vivas
Enquanto o Peru preserva tradições dos povos quechuas e aimarás, os EUA mantêm a história dos povos nativos em reservas, festivais e centros culturais. Em comum, está o respeito crescente por essas culturas e sua valorização no turismo.

6. Atração de turistas internacionais
Tanto os EUA quanto o Peru estão entre os destinos mais buscados por viajantes do mundo inteiro. Enquanto os Estados Unidos se destacam como potência turística, o Peru vem crescendo com um apelo mais voltado à cultura e experiências autênticas.

7. Espiritualidade como atrativo turístico
O Peru é conhecido por rituais andinos, peregrinações e experiências espirituais em lugares como Cusco e o Vale Sagrado. Os EUA, por sua vez, oferecem retiros e centros de espiritualidade que vão desde a tradição cristã até práticas alternativas no deserto do Novo México. A fé, em ambos os países, move tanto locais quanto visitantes.