PCC e CV: Flávio Bolsonaro compara Lula a Marcola e Beira Mar

O senador Flávio Bolsonaro  comparou Lula a dois dos mais notórios chefes do crime organizado no Brasil: Marcola, líder do PCC, e Fernandinho Beira-Mar, do CV. Em publicação numa rede social, o parlamentar postou uma foto de Lula tirada na época em que o presidente foi detido pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante o regime militar. Ao lado de Lula, imagens de Marcola e Beira-Mar.

A montagem insinua uma equivalência entre o presidente da República e os criminosos. “CV, PCC e PT: as 3 facções mais perigosas do Brasil”, diz a legenda.

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O senador Flávio Bolsonaro é o presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa

Fernandinho Beira-Mar, líder do CV
Marcola, chefe do PCC
Presidente Lula
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A publicação de Flávio traz as imagens de Fernandinho Beira-Mar, Marcola e Lula, com os dizeres: “As 3 facções mais perigosas do Brasil”.

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O senador Flávio Bolsonaro é o presidente da Comissão de Segurança Pública da Casa

Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Fernandinho Beira-Mar, líder do CV

Ricardo Borges/Folhapress

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Marcola, chefe do PCC

Arte/Metrópoles

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Presidente Lula

Ricardo Stuckert/PR

Essa não é a primeira vez que parlamentares da oposição tentam associar membros do governo Lula ao crime organizado. Em 2023, Flávio Bolsonaro e aliados insinuaram, sem apresentar provas que o então ministro da Justiça, Flávio Dino, teria ligações com o tráfico de drogas no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A acusação se baseou em uma visita oficial de Dino à comunidade para o lançamento de programas do governo.

Na ocasião, Dino rebateu as acusações feitas pela oposição e classificou a narrativa como absurda, afirmando que o Estado precisa estar presente em territórios vulneráveis e que “a criminalização da política pública só interessa aos próprios criminosos”.

A publicação de Flávio Bolsonaro ocorre num momento de desgaste para o governo federal, que enfrenta o desgaste do escândalo de fraudes bilionárias no INSS, alvo de uma operação da Polícia Federal, e críticas pela decisão do Brasil de não aderir a um pedido do governo Trump para classificar o PCC e o CV como organizações terroristas.

O Itamaraty justificou a recusa argumentando que o país adota instrumentos próprios para o enfrentamento ao crime organizado e que classificações dessa natureza devem seguir critérios técnicos e multilaterais.

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