Apesar da alta na Selic, mercado foca no futuro; veja onde investir seu dinheiro

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% ao ano. O aumento era esperado pelo mercado financeiro.

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Apesar da alta na Selic, pode ser um bom momento para investir

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

André Momberger, vice-presidente de Economia da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha, Dois Irmãos e Ivoti (ACI-NH/CB/EV/DI/IV) explica que a situação vem de um ciclo de altas e teoricamente esta deve ser a última do ciclo. “O mercado já esperava este aumento, mas não sabia se seria 0,50 ou 0,75 ponto percentual. Terminou em 14,75 e o motivo é combater a inflação. O que o mercado faz agora? Aposta qual será o próximo passo”, diz o especialista.

Esta é a maior taxa em quase 20 anos e, segundo Momberger, ela não impacta diretamente em preços, mas sim em tomadas de empréstimos. “O impacto é ruim a curto prazo, uma taxa de juros bastante punitiva para economia. E como a Selic baliza a taxa de juros de referência para empréstimos, é sempre acima isso, o custo do dinheiro do Brasil fica muito caro, especialmente para financiar a produção. A prestação ficará mais cara. Mas isso é para combater inflação, é um mal necessário”, lembra.

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E daqui pra frente?

Embora o cenário a curto prazo não seja muito promissor, o vice-presidente de Economia da ACI ressalta que o mercado financeiro começa a projetar o futuro.

“O mercado está acreditando, e isso até porque o presidente do Banco Central comentou que possivelmente não seria necessário mais aumentos, que os juros futuros serão mais baixos, ele começa a apostar na virada do ano, quando irá começar a baixar. A taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para 2027 está em 13,40%. É um indicativo que começará a baixar. Indo para outro espectro, a bolsa de valores chegou a maior patamar de pontuação da história, o mercado acredita em uma melhora na economia, começa a precificar a baixa da taxa de juros. Além disso, o Brasil começou a receber fluxo do dinheiro de fora de novo”, explica Momberger.

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Investimentos

O vice-presidente da ACI fala também sobre investimentos diante deste cenário. “Com mercado começando a precificar a baixa da taxa de juros pra frente, os pré-fixados começam a ficar interessantes, tu trava em uma taxa mais alta. Outro tipo de aplicação que se beneficia desta ‘mudança de humor’ são as aplicações de risco, colocar o investimento em ações, fundos imobiliários, até em criptomoedas, que começou a subir forte de novo. O cenário favorece ativos de risco. Por incrível que pareça é um momento favorável para investimento, há um cenário bom pra renda fixa e pra investimento de risco.”

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