Brasil alcança as menores taxas de pobreza desde 2012, aponta IJSN

O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou nesta sexta-feira (9), um estudo especial que destaca avanços expressivos do Brasil na redução da pobreza e da extrema pobreza em 2024. Segundo a análise, 8,5 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza e 1,9 milhões deixaram a extrema pobreza em 2024. Com isso, 50,6 milhões de brasileiros estão abaixo da linha da pobreza e 7,6 milhões de pessoas estão na condição de miséria.

O estudo elaborado pelas Coordenações de Estatística e de Estudos Sociais do IJSN, apresenta informações que foram elaboradas utilizando a base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE). O IJSN é uma instituição de pesquisa do estado do Espírito Santo que produz evidências científicas para subsidiar a elaboração, monitoramento, avaliação e aprimoramento de políticas públicas no Brasil. Em 2025, o IJSN completa 50 anos de história e valorização da ciência.

A taxa de pobreza no Brasil caiu de 27,5% em 2023 para 23,4% em 2024, enquanto a taxa de extrema pobreza diminuiu de 4,4% para 3,5% no mesmo período. Com esses resultados históricos, o país alcançou as menores taxas de pobreza e miséria desde 2012. 

Os dados consideram como linha de pobreza a renda domiciliar per capita de até R$ 692,54 mensais e, para a extrema pobreza, até R$ 217,37 mensais, conforme valores atualizados para o ano de referência. O IJSN calculou as linhas de pobreza com base na literatura especializada e em critérios do Banco Mundial e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Pobreza no Brasil

Na escala dos estados brasileiros, as maiores taxas de pobreza em 2024 foram registradas no Acre (46,2%), Maranhão (46,1%) e Ceará (43,3%). As menores taxas de pobreza foram contabilizadas no Mato Grosso (13,3%), Rio Grande do Sul (11,1%) e Santa Catarina (8,2%).

Quando analisadas as taxas de extrema pobreza, Maranhão (10,1%) foi a única Unidade da Federação (UF) que computou um resultado acima de 10%. Na sequência, Ceará (7,9%) e Acre (7,6%) completam a lista das três maiores taxas de miséria no Brasil. No outro lado do ranking, nove estados registraram taxas de extrema pobreza abaixo de 2%, são eles: Paraná (1,8%), Espírito Santo (1,7%), Distrito Federal (1,7%), Rondônia (1,7%), Mato Grosso (1,6%), Mato Grosso do Sul (1,6%), Goiás (1,6%), Rio Grande do Sul (1,4%) e Santa Catarina (1,2%).

“Os resultados históricos do Brasil na redução da pobreza e extrema pobreza refletem o impacto positivo das políticas públicas integradas, o fortalecimento da rede de proteção social e o incremento da renda das famílias. O país está demonstrando que o combate à pobreza é potencializado pela integração de ações estruturadas de assistência social e o crescimento econômico, que é traduzido por mais oportunidades de emprego e renda para os brasileiros”, destacou o diretor-geral do Instituto Jones, Dr. Pablo Lira.

“Mesmo com as reduções da pobreza e miséria em 2024 alcançando seu menor patamar desde 2012, ainda persiste no Brasil o desafio das desigualdades regionais no combate à vulnerabilidades sociais. Os estados das regiões Nordeste e Norte continuam evidenciando as mais elevadas taxas de pobreza”, complementa Lira.

O estudo também mostra uma melhora nacional no Índice de Gini – indicador que mede a desigualdade de renda –, que saiu de 0,518 em 2023, para 0,506 em 2024, o resultado reflete uma distribuição mais equitativa da renda no país. A renda média mensal real dos brasileiros com rendimento também apresentou crescimento em relação ao ano anterior, e saiu de R$ 2.846 em 2023, para R$ 3.057 em 2024.

O IJSN destaca que o monitoramento contínuo dos indicadores sociais é fundamental para orientar políticas públicas e ações de combate à pobreza. “Esse estudo fornece um diagnóstico detalhado e evidências científicas para o governo federal e os estados brasileiros potencializarem estratégias que estão dando resultado no combate à pobreza, bem como favorece a correção de rumos em ações que não estão se mostrando efetivas”, pondera Lira.

O instituto reforça ainda a importância de estratégias articuladas entre governos, sociedade civil e setor produtivo para promover desenvolvimento com inclusão social. Acesse a análise completa no link: https://ijsn.es.gov.br/Media/IJSN/PublicacoesAnexos/IJSN_Especial_Pobreza_Estados_Brasileiros_2024_Brasil.pdf 

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