Conheça o gaúcho que conviveu por três anos com o papa Leão XIV

Aparentemente, a escolha do cardeal Robert Francis Prevost, um estadunidense, como o papa Leão XIV tem pouca relação com os gaúchos, certo? Bem, errado. Ao menos para um caxiense, o advogado Jean Carbonera, o pontífice não é um total desconhecido. Entre os anos 2006 e 2008, o morador da Serra conviveu com o atual líder da Igreja Católica em Roma. À época, o brasileiro fazia mestrado na Cidade Eterna, quando, após uma ministrar palestra, chamou a atenção da Ordem de Santo Agostinho, que era liderada pelo então padre Robert, que era o Prior Geral da congregação (líder máximo).

Jean Carbonera ao lado de Wim Sleddens, um dos assessores de então padre Robert Prevost | abc+



Jean Carbonera ao lado de Wim Sleddens, um dos assessores de então padre Robert Prevost

Foto: Arquivo pessoal

“Coordenei uma rede global de ONGs e obras sociais vinculadas à Ordem. Eu atuei diretamente com um dos conselheiros do agora papa Leão XIV. Ajudava na parte de comunicação e integração de uma ONG. Convivia frequentemente com ele (o papa)”, relembra Carbonera, que também é presidente da organização Advogados Sem Fronteiras no Brasil.

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Para ele, o padre Robert sempre passou uma sensação de liderança, que já indicava que ele poderia vir a ser nomeado para cargos importantes. “Ele não era de falar muito. Era mais de ouvir, mas tinha a capacidade de te fazer refletir apenas ao te olhar”, conta o advogado. “São aprendizados que carrego comigo até hoje, que levo na minha carreira profissional”, complementou.

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Apesar disso, o atual papa não passava a sensação de que almejava funções e cargos mais altos dentro da Igreja. “Acredito que isso aconteceu naturalmente devido a sua capacidade de liderança e de resolução dos problemas com o diálogo. Ele era uma unanimidade”, afirmou o morador da Serra, que acredita que essas possam ser algumas das principais características do seu período como papa.

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“Penso que o seu papado será um sucesso, voltado para o auxilio de populações mais vulneráveis. Creio que ele também pode ser um bom mediador em questões de busca pela paz, com o término de guerras. Paz, aliás, deve ser um dos condutores do seu pontificado, junto com a união e justiça social”, finalizou.

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