Em Roma, freiras defendem papel das mulheres na Igreja Católica

Longe das câmeras e do brilho de uma reunião sob a cúpula da Capela Sistina, cerca de 900 freiras, fundamentais para o funcionamento da Igreja Católica, se reuniram no hotel Ergife, em Roma. Assim como no conclave, elas vieram de cerca de 75 países. Como a irmã Marie-Antoinette Saadé, do Líbano: “As mulheres religiosas estão realmente em todos os lugares no Líbano. Elas são como anjos, atuando em hospitais, na educação ou no setor social.”

“Gostaríamos que o próximo papa seguisse os passos do papa Francisco, porque sentimos nele a obra do Espírito Santo. Que o próximo papa continue nesse caminho: de reconhecer as mulheres, que elas sintam que têm um lugar e um papel a desempenhar na Igreja,” espera irmã Immaculée, de Goma, na República Democrática do Congo (RDC).

“Sem mulheres, não há Igreja”

O papa Francisco nomeou mulheres para cargos-chave, e apenas uma para um dicastério – o equivalente a um ministério na Cúria Romana, o governo do Vaticano:

“As mulheres devem ter mais poder, devem estar envolvidas nos dicastérios, porque sem mulheres não há Igreja. As mulheres são a Igreja,” afirma a irmã Marie Trinitas Obianikas, da Nigéria.

“Não sou daquelas que dizem que as mulheres devem ser sacerdotes. Mas devemos ter um papel também no Vaticano para que possamos oferecer nossa valiosa contribuição.”

Antes do pontificado de Francisco, as mulheres representavam apenas 19% da instituição. Hoje, elas ocupam mais de um quarto dos cargos.

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