Entenda polêmica envolvendo Delegacia da Mulher que pode ter causado mudança na chefia da Polícia Civil do RS; governador comentou caso

O governador Eduardo Leite falou, na tarde desta sexta-feira (9), sobre a troca do chefe da Polícia Civil (PC) gaúcha. A exoneração do delegado Fernando Sodré de Oliveira foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP/RS) nesta manhã.

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Delegado Sodré | abc+



Delegado Sodré

Foto: Luís André/Secom

Afirmando que o Estado tem atingido os melhores indicadores da história em segurança pública e comentando trocas recentes no comando de outras instituições, Leite falou que a mudança ocorreu por um “entendimento de que é um momento de novas lideranças para ocuparem esse espaço”, com o intuito de garantir “a evolução desses indicadores”.

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Há uma semana, o então chefe da Polícia teria cobrado delegadas da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) sobre um suposto vazamento de dados para a imprensa. O episódio virou polêmica após uma delas pedir afastamento do cargo e a outra enfrentar problemas de saúde. 

“Houve episódios recentes relacionados a essas questões de operações internas, especialmente na área de atendimento às mulheres. Tudo isso é analisado, mas eu quero destacar que o bom trabalho feito em tantas frentes pelo delegado Sodré não são esquecidos em função desses episódios”, disse o governador. “Valorizo, destaco e agradeço a contribuição que deu em outras frentes, mas entendemos que era o momento de criarmos uma nova condição interna com a instituição, que é importante, e agora terá novas lideranças.”

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A SSP justifica a saída de Sodré a um pedido de aposentadoria feito por ele. O posto será assumido pelo atual subchefe de Polícia do Estado, o delegado Heraldo Chaves Guerreiro. A delegada Adriana Regina da Costa assume a subchefia.

Entenda a polêmica envolvendo Sodré e a Deam

Na quinta-feira (8), a Associação dos Delegados da Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) emitiu uma nota de solidariedade às delegadas Cristiane Ramos, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam), e Carolina Funchal Terres, chefe do plantão da 1ª Deam.

Conforme o texto, Cristiane teria colocado o cargo à disposição da Administração da Polícia Civil após um episódio, ocorrido no dia 2 de maio, em que teria sido repreendida em público após ser divulgado na imprensa que mais de 300 mulheres desistiram de registrar ocorrências pela demora no atendimento, motivada pelo número reduzido de policiais na 1ª Deam.

Conforme apurado pela reportagem, essa advertência teria partido do então chefe de Polícia, Sodré.

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A associação exaltou a qualificação profissional da delegada e lamentou o afastamento dela “pelo constrangimento sofrido e por não se sentir prestigiada”.

Na ocasião, junto da diretora, estava a delegada Carolina, que posteriormente entrou em licença médica, “aparentemente em razão do mesmo episódio”, aponta a Asdep. 

A repercussão do fato teria, então, motivado a troca no cargo de chefe da Polícia Civil gaúcha.

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