Grupo Multi lucra R$ 64,6 mi no 1TRI25 e reverte prejuízo do ano anterior

O Grupo Multi (MLAS3) iniciou 2025 com resultados positivos e sinalizações de retomada. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 64,6 milhões no primeiro trimestre do ano, revertendo os prejuízos apurados tanto no último trimestre de 2024 quanto no mesmo período do ano passado.

A receita líquida somou R$ 763,8 milhões, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. O Ebitda ficou positivo em R$ 5,5 milhões, uma evolução significativa frente aos números anteriores, com avanço de R$ 32,8 milhões.

De acordo com o CEO do Grupo Multi, André Poroger, o desempenho é resultado de um foco contínuo em eficiência operacional e na gestão do capital de giro. A operação recorrente da empresa apresentou crescimento de 11,2% na comparação anual, mesmo após a descontinuação de linhas de produtos com baixa rentabilidade ao longo de 2024.

O lucro bruto no trimestre foi de R$ 181,2 milhões, avanço de 9,8% sobre o mesmo intervalo do ano anterior, com a margem bruta subindo 1,2 ponto percentual, para 23,7%.

Apesar do resultado positivo, a companhia encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 216,3 milhões, reflexo de um consumo de caixa elevado no período. Esse movimento foi influenciado por pagamentos concentrados a fornecedores e pela antecipação de compras, motivada pela previsão de seca no rio Amazonas no segundo semestre.

Grupo Multi (MLAS3): 1TRI25

O custo das mercadorias vendidas (CMV) totalizou R$ 582,6 milhões no trimestre, alta de 3% frente ao 1T24, mas queda de 20,7% em relação ao 4T24. As despesas operacionais somaram R$ 189,7 milhões, o que representa queda de 9,6% em relação ao trimestre anterior e de 8,9% na comparação anual. Em relação à receita líquida, as despesas operacionais corresponderam a 24,8%, indicando um recuo de 3,6 pontos percentuais frente ao mesmo período de 2024.

Já as despesas gerais e administrativas alcançaram R$ 34,9 milhões, com queda de 5,8% em relação ao 4T24 e alta de 30,7% ante o 1T24, puxadas principalmente por investimentos em tecnologia da informação.

O resultado financeiro do trimestre também trouxe um ganho expressivo de R$ 75,1 milhões, influenciado pela variação cambial líquida positiva de R$ 139 milhões. A valorização do real frente ao dólar reduziu o montante a pagar a fornecedores internacionais, resultando em um impacto positivo de R$ 43,6 milhões em caixa.

A dívida bruta ao final do trimestre somava R$ 689,2 milhões, enquanto o caixa era de R$ 472,9 milhões, totalizando uma posição líquida de endividamento de R$ 216,3 milhões.

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