Itaú “brilha de novo” e atinge valor de mercado recorde de R$ 377 bilhões após 1T25

agência itaú 2024

Lucro recorde e o mais difícil: manter uma rentabilidade – medida pelo retorno sobre o patrimônio, ou ROE – acima de 20% por muito tempo. Esta “proeza” foi feita pelo Itaú (ITUB4), ao registrar um lucro líquido recorrente, que atingiu mais um recorde histórico e encerrou o trimestre em R$ 11,1 bilhões (+2% trimestralmente, +14% na base anual e 1% acima da sua estimativa).

O lucro recorde implicou um ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio) de 22,5%, avanço ante 21,9% em igual intervalo de 2024 e 22,1% no quarto trimestre, em resultado também melhor do que Santander (SANB11; 17,4%) e Bradesco (BBDC4;14,4%).

Com isso, os ativos ITUB4 fecharam com salto de 5,41%, a R$ 37,23, com os papéis ganhando força ao longo do pregão. Este avanço é o maior desde fevereiro de 2023, quando as ações subiram 8,27%, conforme aponta levantamento de Einar Rivero, da Elos Ayta. Desde janeiro de 2021, esse foi o quinto maior salto diário. Já os papéis ordinários (ITUB3) avançaram 4,76%, desempenho que só foi superado em cinco ocasiões desde o mesmo marco pós-pandemia.

No total, o banco adicionou R$ 18,3 bilhões ao seu valor de mercado em um único dia — o equivalente ao valor de mercado da Hapvida (HAPV3; R$ 18,2 bilhões), companhia de saúde listada na bolsa. Com isso, o banco atingiu um valor de mercado recorde após o lucro histórico do 1T25; assim, o valor de mercado da instituição alcançou, pela primeira vez, a marca de R$ 377,3 bilhões.

Para a XP, os resultados foram robustos e ligeiramente acima das suas projeções. A carteira de crédito, excluindo variações cambiais, permaneceu estável trimestre a trimestre, com crescimento de 9,4% na base anual.

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A margem financeira com clientes (NII) cresceu 3,2% trimestralmente, enquanto a margem com o mercado aumentou 2,2%.

“A qualidade do crédito segue sólida, com inadimplência acima de 90 dias (NPL > 90) caindo 10 pontos-base, para 2,3%.

Embora as receitas de serviços e seguros tenham caído 3,3% na base trimestral devido a fatores sazonais, apresentaram alta de 5,6% anualmente, impulsionadas pelo maior volume de transações com cartões. O índice de eficiência também foi destaque, encerrando o trimestre em 38,1%.

Apesar dos resultados consistentes e acima das expectativas do guidance, o banco reafirmou suas projeções para o ano, aponta a XP.

“De forma geral, por mais um trimestre consecutivo, o Itaú entregou em todas as frentes: melhora nas receitas (NII e tarifas); boa qualidade dos ativos, beneficiando o custo de risco; foco contínuo na eficiência operacional, refletido no bom índice de eficiência; e custo de captação saudável. O trimestre sólido reforça nossa visão construtiva e nos leva a manter o ITUB4 como nossa principal recomendação (top pick)”, avalia a XP.

Em relatório chamado “O mais difícil não é atingir um ROE de 20%, mas mantê-lo consistentemente em 20%”, a Genial Investimentos ressalta os números mais uma vez sólidos do banco.

“Em termos absolutos, o Itaú deve registrar o maior lucro do setor bancário no trimestre, reforçando sua liderança em escala e rentabilidade”, avalia.

Assim, apesar da sazonalidade mais fraca típica do primeiro trimestre, o Itaú apresentou melhora sequencial no lucro e na rentabilidade, impulsionado principalmente pelo avanço na Margem com Clientes, mesmo diante da leve retração da carteira de crédito. Também contribuíram para o desempenho o controle das provisões (PDD), o bom resultado da unidade de seguros, previdência e capitalização, além da redução sequencial das despesas operacionais.

O Bradesco BBI também ressalta que margem com o mercado também surpreendeu positivamente. Enquanto isso, as despesas com provisões ficaram ligeiramente acima da sua estimativa, pressionadas pela sazonalidade, enquanto as receitas com tarifas e as despesas operacionais ficaram em linha com o esperado.

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“Acreditamos que os resultados do Itaú apresentaram tendências novamente positivas no 1T25, onde destacamos a forte expansão da margem com clientes, refletindo um melhor mix de produtos e spread maior, mesmo em um cenário de menos dias corridos. Além disso, as despesas com provisões ficaram ligeiramente acima do esperado, com os empréstimos inadimplentes (sob a antiga regra para fins de comparabilidade) apresentando tendências muito positivas, enquanto as despesas operacionais ficaram dentro das expectativas”, aponta o banco.

Por fim, o BBI destaca que esse forte desempenho levou a uma superação de 5% em relação à nossa estimativa de lucro antes dos impostos, enquanto a alíquota efetiva de imposto mais alta resultou em um lucro líquido amplamente em linha com o esperado, mantendo recomendação de compra para o ativo.

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