ES bate recorde e lidera crescimento na aplicação de crédito rural

O Espírito Santo registrou um crescimento de 23,2% na aplicação de crédito rural nos primeiros dez meses do ano-safra 2024/2025, alcançando a marca histórica de R$ 7,5 bilhões. O resultado coloca o Estado entre os únicos do país a apresentar avanço no período — ao lado do Piauí — enquanto a média nacional caiu 18%.

Os dados foram divulgados pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e apurados com base em informações do Banco Central. O crescimento ocorre após o lançamento do Plano de Crédito Rural, em julho de 2024, elaborado em parceria entre os governos estadual e federal, instituições financeiras e entidades do setor produtivo.

De julho de 2024 a abril de 2025, foram realizadas 38,8 mil operações de crédito no Espírito Santo, volume 10,1% superior ao registrado no mesmo período do ano-safra anterior. O montante supera em R$ 1,4 bilhão o total aplicado entre julho de 2023 e abril de 2024, que havia sido de R$ 6,1 bilhões.

Os recursos movimentaram todas as modalidades de crédito rural: custeio, investimento, comercialização e industrialização. O maior volume foi destinado ao custeio da produção, com R$ 3,2 bilhões, seguido por R$ 2,4 bilhões para investimento, R$ 1,9 bilhão para comercialização e R$ 65,3 milhões para industrialização.

Segundo o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, os números refletem a confiança do setor agropecuário capixaba no ambiente de negócios do Estado. “Enquanto a maior parte do país recuou, o Espírito Santo avançou com consistência. Superamos R$ 7,5 bilhões em apenas dez meses, mostrando maturidade do setor e eficácia das políticas públicas”, afirmou.

O desempenho positivo também está alinhado às metas do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4 – 2023/2032), que projeta atingir R$ 12 bilhões em crédito rural até 2032.

Um dos destaques foi a modalidade de comercialização, que cresceu 39% no período, impulsionada, principalmente, pela força da cafeicultura. Já os créditos voltados para investimentos aumentaram 21,3%, totalizando R$ 2,4 bilhões aplicados em reformas, obras, compra de equipamentos e modernização de propriedades.

O gerente de dados e análises da Seag, Danieltom Vandermas, destacou o aumento no ticket médio das operações, que cresceu quase 12%. “Isso mostra que não apenas mais operações foram feitas, mas que os financiamentos estão mais robustos e com maior potencial de gerar valor nas cadeias produtivas”, pontuou.

Apesar do desempenho expressivo, a modalidade de industrialização foi a única a registrar queda, de 1,4%, passando de R$ 66,2 milhões para R$ 65,3 milhões.

A divisão proporcional dos recursos aplicados no período mostra que o custeio responde por 42,1% do total; seguido por investimento (31,4%), comercialização (25,7%) e industrialização (0,9%).

O crédito rural no Espírito Santo é ofertado por instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banestes, Sicoob, Sicredi, Cresol e Banco do Nordeste, que operam em parceria com o Governo do Estado para fomentar a produção agrícola e pesqueira.

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