Morador de Novo Hamburgo apontado por envolvimento em suposto atentado à bomba no show de Lady Gaga ganha a liberdade

A Justiça concedeu liberdade provisória ao vigilante Luís Fabiano da Silva, de 49 anos, morador de Novo Hamburgo, que foi apontado como suspeito de envolvimento em um suposto plano de ataque à bomba durante o show da cantora Lady Gaga, realizado no último fim de semana em Copacabana, no Rio de Janeiro.

O alvará de soltura foi expedido na madrugada deste sábado (10), por volta da 1h43, pelo juiz Jaime Freitas da Silva, da 1° Vara de Garantias de Porto Alegre. Por volta das 9h30, Fabiano foi solto e está voltando para casa.

A decisão foi tomada após a defesa apresentar novas provas e solicitar a liberdade provisória com base em elementos obtidos ao longo da semana.

Entre as evidências que embasaram o pedido está um relatório do Ministério da Justiça que isenta Fabiano da liderança ou mentoria do suposto atentado. Ao contrário, o documento aponta a possibilidade de que ele tenha sido vítima de um grupo extremista, que teria utilizado seu endereço de IP de forma indevida para ocultar o verdadeiro responsável pelo planejamento do ataque.

A defesa também argumentou que houve falhas na caracterização da prisão em flagrante. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, foram encontradas três armas: uma de uso pessoal, em razão de sua atividade profissional em escolta armada de cargas de alto valor; duas armas herdadas de familiares.

Inicialmente, uma dessas armas herdadas (uma garrucha calibre 22) foi apontada como estando com a numeração raspada, mas a defesa comprovou que não havia qualquer irregularidade dessa natureza.

“Após ampla análise do material colhido na investigação do Rio de Janeiro, foi possível perceber a inocência do cliente. Protocolamos pedido de liberdade no dia 8, juntamente com documentos oriundos da operação Fake Monster”, declarou o advogado Rafael França, responsável pela defesa do vigilante.

A defesa afirma que seguirá colaborando com as investigações para provar a total ausência de envolvimento do vigilante no caso.

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