PCDF apreende adolescente que agrediu colega em escola de Águas Claras

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu, neste sábado (10/5), um adolescente de 16 anos que agrediu com um soco o colega de 15 anos dentro da sala de aula, no Colégio Objetivo, em Águas Claras. A vítima está internada na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular do Distrito Federal. O caso aconteceu na última quarta-feira (7/5).

Policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente chegaram ao suspeito em meio a uma investigação que o aponta como autor de ato infracional análogo à tentativa de latrocínio. O jovem é morador de Águas Claras e foi encontrado em uma churrascaria enquanto almoçava. Ao ser abordados pelos agentes, ele confessou que era o autor da agressão ocorrida na escola.

De acordo com o relato do suspeito aos policiais, o jovem teria ido à escola estressado e a vítima teria o provocado. Ele que é lutador de boxe deu soco na barriga do colega, provocando uma lesão no jovem. A vítima, após o golpe, expeliu coágulos de sangue ao fazer xixi e disse estar sentido dor.

O soco

Segundo a mãe da vítima, o garoto levou um soco na lateral do abdômen após o autor ficar nervoso por conta de um desentendimento entre colegas na sala. A direção do colégio teria advertido o filho dela e suspendido o menino que deu o golpe.

Já em casa, o adolescente agredido percebeu coágulos de sangue ao urinar. Depois disso, ele começou a sentir uma dor intensa a ponto de ter que ir ao hospital. “Meu filho me ligou falando: ‘Mãe, tô com uma dor no abdômen, no lado esquerdo’. De primeira, ele escondeu o motivo, com medo do menino”, relembra a mãe, que prefere não se identificar.

“Depois que ele fez xixi, a dor aumentava gradativamente a cada minuto.”

Enquanto a mãe saía do trabalho, no Plano Piloto, o padrasto do garoto o levou ao hospital. Na unidade particular, os médicos pediram um exame de urina e constataram que não havia alguma infecção ou algo do tipo, e que o problema havia de fato sido causado por alguma pancada.

“Quando veio o resultado da tomografia, o médico falou que era muito estranho, porque ele notou uma pancada no rim, o que era totalmente incompatível com uma infecção. Ele não sentia ardor ao fazer xixi, mas tinha sangramento na urina”, relata a mãe. Neste momento, o rapaz confessou que havia sido agredido.

UTI

Desde então, o garoto está na UTI. “Ele deve ficar por sete dias para que os médicos analisem o quadro evolutivo”, conta a mãe do menino. “Ele pode precisar de uma cirurgia na qual ele pode até perder o rim, porque é uma cirurgia de difícil acesso para enxergar aonde está machucado”, relata.

Para além da preocupação com o filho, a mãe lamenta o caso de agressão. “Eu ensino empatia, amor ao próximo, amizade ao meu filho. A gente o colocou numa escola particular achando que ele estaria numa situação melhor e acaba passando por isso dentro de sala de aula”, comenta.

Depois que o garoto se recuperar, a mãe pretende transferi-lo de colégio. “A única certeza que eu tenho é que ele precisa sair daquela escola. Tem a questão da vergonha que ele está sentindo, do medo da retaliação em estar pelas ruas de Águas Claras e poder encontrar [o agressor] em qualquer esquina… até eu penso em me mudar daqui”, relata.

O que diz a escola

O Colégio Objetivo lamentou o episódio e destacou que acompanha o estado de saúde do garoto internado. Leia a nota abaixo, na íntegra:

“A equipe pedagógica da instituição de ensino informa, com pesar, que ocorreu um episódio de agressão física entre dois estudantes do Ensino Médio, durante a troca de professores em sala de aula. Infelizmente, a ocorrência resultou na hospitalização de um dos estudantes, que foi atingido por um “soco” desferido por um colega. A escola está em contato contínuo com a família do estudante hospitalizado. Após o ocorrido, a instituição acionou as famílias envolvidas, bem como os órgãos
competentes, incluindo a Delegacia da Criança e do Adolescente registrando a Ocorrência nº 81209/2025 e o Conselho Tutelar de Águas Claras. Foram adotadas as medidas pedagógicas cabíveis, incluindo a transferência do estudante responsável pela agressão. A escola também realizou uma nova intervenção com a turma, reforçando o acompanhamento sistemático por meio do Serviço de Orientação Educacional (SOE) e intensificando a realização de palestras e ações formativas com foco na promoção de valores como respeito, empatia e tolerância. Reforçamos o nosso compromisso com a segurança e o bem-estar dos estudantes e solicitamos o apoio contínuo das famílias na orientação de seus filhos, visando fortalecer a convivência harmoniosa no ambiente escolar. Agradecemos a compreensão e colaboração de todos, certos de que, juntos, poderemos preservar e promover uma cultura de paz em nossa comunidade escolar”.

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