Ação de saúde decola 600% após fusão com empresa de Bitcoin ligada a Trump; entenda

As ações da companhia americana KindlyMD chamaram atenção na sessão desta segunda-feira (12) após decolarem 600% na esteira do anúncio de sua fusão com a Nakamoto Holdings, uma empresa de investimentos em Bitcoin (BTC) fundada por David Bailey, conselheiro de criptomoedas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O negócio marca a transição da KindlyMD, tradicionalmente focada em tratamentos contra dependência de opioides, para uma estratégia que envolve diretamente a aquisição e a manutenção de Bitcoin como ativo de tesouraria. A empresa continuará listada sob o código “KDLY” até que um novo nome e ticker sejam definidos.

Como parte do acordo, a nova companhia levantou US$ 710 milhões (R$ 4 bilhões): US$ 200 milhões em dívida conversível e US$ 510 milhões em uma rodada PIPE (sigla para em inglês para “investimentos privados em empresas de capital aberto”), com ações ofertadas a US$ 1,12 cada. Mais de 200 investidores participaram da captação, incluindo Actai Ventures, Arrington Capital, BSQ Capital Partners, Kingsway, Van Eck e Yorkville Advisors.

Entre os investidores individuais, destacam-se nomes importantes no ecossistema de criptomoedas, como o criptógrafo Adam Back, Balaji Srinivasan (ex-executivo da Coinbase), Jihan Wu (cofundador da mineradora Bitmain) e o bilionário mexicano Ricardo Salinas.

David Bailey, que assumirá como CEO da Nakamoto, afirmou em nota: “Acreditamos que um futuro está próximo onde todo balanço patrimonial – público ou privado – terá bitcoin.”

Apesar da guinada, Tim Pickett, CEO da KindlyMD, afirmou que os serviços de saúde continuarão operando normalmente. “Esta fusão representa um salto estratégico, permitindo que ampliemos nossa missão”, disse. “É uma visão ousada que gerará valor de longo prazo para nossos acionistas.”

O negócio de acumulação de Bitcoin segue um modelo já explorado por Michael Saylor, que transformou a MicroStrategy em uma “holder” de Bitcoin em 2020, investindo o caixa da empresa e emitindo dívidas para comprar a criptomoeda. No Brasil, o mesmo foi feito pela Méliuz (CASH3), que viu o papel quase dobrar de valor em cerca de dois meses.

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