Assaí dobra lucro no 1TRI25 e foca em disciplina financeira

A rede de atacarejo Assaí (ASAI3) registrou um salto de 95% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 117 milhões. O forte desempenho financeiro foi impulsionado por crescimento nas vendas e controle de despesas operacionais, em meio à maturação de novas lojas e maior eficiência operacional.

A receita líquida da companhia somou R$ 18,6 bilhões entre janeiro e março, alta de 7,7% na comparação anual. Já o Ebitda ajustado cresceu 12,7% no período, alcançando R$ 1,37 bilhão, com a margem passando de 7,1% para 7,4%.

Apesar do avanço nos custos com mercadorias (+7,3%, para R$ 15,46 bilhões) e nas despesas com vendas, gerais e administrativas (+7,3%, totalizando R$ 1,74 bilhão), a companhia conseguiu manter o ritmo de crescimento da margem bruta, que subiu 0,3 ponto percentual, para 16,5%. As despesas operacionais representaram 11,1% da receita líquida, queda de 0,1 p.p. em relação ao 1T24.

Assaí (ASAI3): 1TRI25

A geração de caixa operacional alcançou R$ 3,1 bilhões, beneficiada pelo aumento de R$ 553 milhões no Ebitda acumulado dos últimos 12 meses. O resultado financeiro líquido ficou em R$ 512 milhões, praticamente estável frente ao ano anterior, representando 2,8% das vendas líquidas — uma redução de 0,2 ponto percentual na comparação anual.

A companhia também informou que reduziu pela metade sua projeção de expansão para 2026, com expectativa de abrir 10 novas lojas, ante a previsão anterior de 20. Para 2025, a meta de 10 aberturas foi mantida. Os investimentos no trimestre somaram R$ 79 milhões, valor inferior ao do mesmo período de 2024, refletindo a concentração da expansão para o segundo semestre deste ano.

O número de cartões Passaí, bandeira de crédito vinculada à rede, atingiu 3,2 milhões de unidades, crescimento de 13,7% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A participação nas vendas também aumentou, representando 5,2% do faturamento.

Já a dívida líquida do Assaí totalizou R$ 11,49 bilhões ao fim do trimestre, alta de 2,7% no ano. No entanto, o índice de alavancagem — medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda — caiu de 3,75x para 3,15x, evidenciando o foco da companhia na desalavancagem e no equilíbrio financeiro.

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