Camil reporta prejuízo de R$ 24,6 mi no 4º trimestre fiscal

A Camil Alimentos (CAML3), multinacional brasileira do setor de alimentos, encerrou o quarto trimestre fiscal de 2024 com prejuízo líquido de R$ 24,6 milhões, revertendo o lucro de R$ 106,6 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado após o fechamento do mercado nesta quinta-feira, 8, reflete a queda de rentabilidade no mercado brasileiro, parcialmente compensada pelo desempenho positivo das operações internacionais.

Mesmo com o prejuízo, a receita líquida da companhia cresceu 11,7% na comparação anual, passando de R$ 2,682 bilhões para R$ 2,997 bilhões. No segmento alimentício Brasil, a receita subiu 3,5%, alcançando R$ 2,175 bilhões. Já o segmento internacional avançou 41,5%, somando R$ 822,3 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 193,9 milhões no trimestre, uma queda de 23,6% em relação aos R$ 253,8 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda caiu três pontos percentuais, encerrando o período em 6,5%.

A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 3,0 vezes no quarto trimestre fiscal, ante 2,9 vezes no mesmo período do exercício anterior. Os investimentos (Capex) da companhia no trimestre somaram R$ 121,9 milhões, alta de 41,3%, com destaque para manutenção e aportes na nova planta de grãos em Cambaí (RS).

A empresa

Fundada em 1963 no Rio Grande do Sul, a Camil Alimentos é uma das maiores empresas de alimentos da América Latina, com atuação em países como Brasil, Uruguai, Chile, Peru e Equador. A companhia começou sua trajetória no setor de grãos, com foco na produção e distribuição de arroz, e ao longo das décadas diversificou seu portfólio, incorporando categorias como feijão, açúcar, pescados, massas, biscoitos e café — segmento no qual ingressou com a aquisição da marca Seleto em 2017.

A Camil é controladora de marcas tradicionais e consolidadas, como Camil, União, Coqueiro e da uruguaia Saman, e tem suas ações listadas na B3 desde 2017. Com uma estrutura verticalizada e presença robusta em canais de varejo, atacado e food service, a companhia combina produção industrial, logística e exportações, e tem apostado na internacionalização e na inovação de portfólio como estratégias de crescimento.

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