Empresas de fidelização faturam próximo dos R$ 22 bilhões em 2024

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A soma dos pontos/milhas emitidos somou 920,6 bilhões ao longo do ano (Banco de Imagens/Freepik)

Os programas de fidelização ligados à ABEMF – Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização – encerraram o ano de 2024 com um faturamento de R$ 21,9 bilhões. O número, além de representar um recorde de faturamento anual, marca um crescimento de 17,6% na comparação com o período anterior.

Os indicadores de mercado que acabam de ser divulgados pela entidade apontam para um crescimento do setor em diversas frentes. O acúmulo (a soma dos pontos/milhas emitidos) somou 920,6 bilhões de pontos/milhas ao longo do ano, um aumento de 16,5% em relação a 2023. E os resgates, ou seja, a troca de pontos/milhas por produtos e serviços, alcançaram os 803,5 bilhões. Nesse último caso, representando um crescimento ainda maior, de 18,3%.

Para o presidente da ABEMF, Martin Holdschmidt, os dados demonstram a consolidação de um processo de desenvolvimento do mercado nesses últimos anos. “Estamos crescendo ano a ano. Quando falamos em fidelização hoje, é sobre um segmento que não apenas tem atraído cada vez mais consumidores. Mas que está chamando a atenção de empresas para o poder das ações de relacionamento e retenção de clientes. Isso cria um sistema em que os dois lados saem ganhando”, explica o executivo.

Esse interesse crescente dos brasileiros é percebido também pela quantidade de cadastros nos programas de fidelidade que, ao fim de 2024, chegou aos 332,2 milhões de inscrições. Apesar de não representar pessoas únicas, pois uma mesma pessoa pode estar inscrita em mais de um programa, o número é 6,3% maior que o registrado em dezembro de 2023.

Ainda em 2024, o volume de operações realizadas pelos participantes nos programas somou 48,6 milhões de transações. E a taxa média de breakage (percentual de pontos/milhas expirados), que já era considerada baixa em 2023, caiu mais um ponto percentual, encerrando 2024 em 13%.

Origem e destino dos pontos/milhas

Sonho de consumo da maior parte dos consumidores que participam de programas de fidelidade, as passagens aéreas continuam sendo responsáveis pela maior parcela dos pontos/milhas resgatados. Na média de 2024, 76,5% do saldo trocado pelos brasileiros foi destinado às passagens de avião, ficando os produtos e serviços do varejo com os outros 23,5%.

Apesar do percentual ainda elevado, os indicadores da ABEMF registraram aumento nos resgates não aéreos, na comparação com o ano anterior. Em 2023, a média de trocas no varejo foi de 17,8%, ou seja, um crescimento de 5,7 pontos percentuais. Resultado que pode ser explicado pela expansão dos benefícios disponíveis. “O mercado está crescendo, e as empresas diversificando as opções para os participantes. Isso reflete, é claro, nas escolhas desses consumidores”, explica o presidente da associação.

Na origem dos pontos/milhas, ou seja, na hora de acumular, os papéis se invertem. A principal fonte dos pontos/milhas acumulados é o varejo, incluindo as compras com cartões de crédito e débito. Foram 93,3% dos pontos/milhas emitidos no varejo, indústria, bancos e serviços, e apenas 6,7% nas viagens.

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