Ibovespa sobe com blue chips após acordo China-EUA em dia cheio de balanços

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, sustentado principalmente por Vale e Petrobras, após China e Estados Unidos chegarem a um acordo para reduzir temporariamente tarifas comerciais recíprocas, mas o fôlego era atenuado por realização de lucros após se aproximar da máxima histórica.

A temporada de resultados no Brasil também permanece sob os holofotes, incluindo os números do BTG Pactual (BPAC11) conhecidos antes da abertura e os balanços de Petrobras (PETR3;PETR4), Sabesp (SBSP3), Natura&Co (NTCO3), IRB(Re) (IRBR3), entre outros, após o fechamento.

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Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 0,49%, a 137.184,31 pontos, chegando a 137.519,33 pontos no melhor momento mais cedo – perto da máxima histórica intradia de 137.634,57 pontos, registrada na semana passada.

O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somava R$4 bilhões.

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Buscando encerrar uma guerra comercial que alimentou temores de recessão e abalou os mercados financeiros, o governo norte-americano reduzirá tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30% e as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%.

As novas medidas terão validade por 90 dias, conforme comunicado conjunto divulgado pelas duas maiores economias do mundo nesta segunda-feira, após reuniões em Genebra no fim de semana por representantes de Washington e Pequim.

De acordo com Simon Penn, UBS Knowledge Network, a notícia é bastante positiva, pelo menos no papel.

“A mensagem básica é que a China e os EUA concordaram em desfazer a grande maioria das, digamos, tarifas retaliatórias que impuseram um ao outro… Há um pequeno debate sobre o que os EUA ainda estão impondo à China…mas é uma desescalada significativa”, afirmou em comentários no site do UBS.

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Em Nova York, o S&P 500, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 2,6%.

“A notícia de que China e os Estados Unidos concordaram em reduzir – ao menos momentaneamente – as tarifas para o comércio entre os dois países, naturalmente, soa como música aos ouvidos dos investidores”, acrescentou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.

“Claramente esse é um ambiente que sugere ganhos por aqui também… A dúvida, porém, é se a trégua entre as duas maiores economias do mundo pode reduzir a força do movimento de rotação global de recursos que vinha estimulando a tomada de risco em nosso mercado, mas ainda é muito cedo para saber”, pontuou.

 

DESTAQUES:
– VALE ON subia 3,7% (VALE3), acompanhando a reação dos preços futuros do minério de ferro na China ao acordo entre Washington e Pequim para reduzir tarifas recíprocas temporariamente. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 3,16%.
– PETROBRAS PN (PETR3;PETR4) valorizava-se 3,75%, apoiada pela alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia 3,25%, enquanto agentes aguardam o balanço da estatal após o fechamento do mercado. A média de projeções de analistas compiladas pela LSEG aponta lucro líquido de R$31,7 bilhões.
– BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) cedia 1,18%, em dia mais negativo para bancos, apesar do balanço do primeiro trimestre, com receita de R$6,837 bilhões e lucro líquido ajustado de R$3,367 bilhões, ambos recordes, enquanto o retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) ajustado aumentou para 23,2%.
– BANCO DO BRASIL ON (BPAC11) recuava 1,63%, tendo no radar adiamento da divulgação do balanço prevista para esta segunda-feira para a quinta-feira. No setor, após uma semana positiva, ITAÚ PN (ITUB4) caía 1,32%, BRADESCO PN (BBDC4) cedia 1,46%, SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) perdia 0,93%.
– BRASKEM PNA (BRKM5) avançava 5,95%, com agentes também repercutindo a divulgação na madrugada de sábado pela petroquímica de lucro líquido de R$698 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo um prejuízo de R$1,35 bilhão no mesmo período do ano passado.
– MINERVA ON (BEEF3) subia 0,4%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018.

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