Lula critica a taxação imposta por Donald Trump: “Não me conformo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar, nesta segunda-feira (12), o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump, afirmando que o protecionismo ameaça o comércio global e pode gerar conflitos. Para Lula, o multilateralismo é o caminho para garantir relações comerciais equilibradas entre os países.

“É por isso que eu não me conformo com a chamada taxação que o presidente dos Estados Unidos [Donald Trump] tentou impor ao planeta Terra do dia para a noite, porque o multilateralismo depois da 2ª Guerra Mundial foi o que garantiu todos esses anos de harmonia entre os Estados. Não foi o protecionismo”, declarou o presidente.

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“A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse”, disse

Relação Brasil-China é indestrutível, diz Lula

O presidente discursou no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, onde foram anunciados cerca de R$ 27 bilhões em investimentos de empresas chinesas no Brasil

Lula fez as declarações durante o encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim, onde reforçou o interesse do Brasil em ampliar suas exportações além dos tradicionais óleos combustíveis e fertilizantes, explorando também o mercado de soja e carne bovina.

O petista destacou que o protecionismo no comércio internacional pode levar a conflitos, como ocorreu diversas vezes ao longo da história. “O protecionismo no comércio pode levar à guerra, como já aconteceu tantas vezes na história da humanidade. O que queremos é o multilateralismo para que a gente possa praticar o livre comércio”, afirmou.

As críticas de Lula ao protecionismo coincidem com o anúncio de um acordo entre Estados Unidos e China para reduzir temporariamente as tarifas impostas a produtos importados entre os dois países. A partir de 14 de maio, os EUA reduzirão suas tarifas de 145% para 30% sobre produtos chineses, enquanto a China diminuirá suas taxas de 125% para 10% sobre produtos americanos.

O acordo foi alcançado após negociações realizadas em Genebra, na Suíça, e representa uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Para Lula, porém, o episódio reforça a necessidade de fortalecer o multilateralismo e o diálogo para evitar que disputas comerciais evoluam para conflitos maiores.

O presidente brasileiro segue em visita à China, onde também participará da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e terá uma reunião bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping.

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