Safra 25/26 de soja entra ‘no radar’; saiba o que esperar do mercado

Fazenda Brasnorte - Colheita de soja
Foto: Jorge Pires Júnior

O clima favorável nos Estados Unidos permitiu um avanço mais rápido do plantio da soja, superior à média histórica. Esse ritmo acelerado elevou as expectativas de uma safra cheia, o que limitou a recuperação dos preços no início da semana.

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Segundo a plataforma Grão Direto, em Chicago, o contrato para maio de 2025 fechou a US$ 10,44 por bushel com alta de 0,58%, enquanto o de março de 2026 encerrou a US$ 10,48 com leve avanço de 0,1%.

Exportações brasileiras em ritmo lento

No Brasil, o ritmo de embarques segue abaixo do observado em abril. Segundo a Anec, as exportações de maio devem totalizar 12,6 milhões de toneladas, ante 13,5 milhões no mês anterior. Com isso, os prêmios seguem pressionados e os preços internos da soja permanecem contidos, com pouca movimentação também no mercado físico. O dólar ficou estável na semana, cotado a R$ 5,65.

Conflito tarifário gera otimismo moderado

Rumores sobre uma possível retomada de acordo comercial entre Estados Unidos e China trouxeram algum otimismo, com leves altas momentâneas nas cotações em Chicago. No entanto, sem anúncios concretos, os ganhos foram limitados. O mercado segue cauteloso quanto ao impacto dessas negociações nas exportações americanas.

Incertezas sobre o plantio de soja nos EUA

Apesar do bom ritmo até o momento, um estudo da Universidade de Illinois mostra que as margens de lucro para milho e soja estão negativas. Isso pode levar produtores a reverem o tamanho da área cultivada, aumentando a incerteza sobre a real oferta e influenciando os preços nos próximos dias.

USDA

O relatório WASDE, divulgado em 12 de maio pelo USDA, trouxe estimativas de aumento nos estoques de milho e soja, reforçando a perspectiva de uma safra cheia nos Estados Unidos. Ainda assim, há dúvidas sobre a dimensão real da produção, o que pode manter o mercado instável a curto prazo.

Safra 25/26 de soja

Com a aproximação da próxima safra no Brasil, o mercado já começa a projetar custos e oportunidades. A queda recente do dólar e a redução nos preços dos fertilizantes ajudam a aliviar os custos de produção. No entanto, o alto custo do crédito continua sendo um desafio, o que deve impulsionar o uso do barter como alternativa para garantir insumos.

Guerra comercial continua no foco

A retomada das conversas entre Estados Unidos e China pode mudar o equilíbrio do mercado. A China segue buscando diversificação de fornecedores, enquanto os EUA precisam manter a competitividade frente à safra recorde brasileira. Qualquer avanço ou retrocesso nas negociações pode afetar diretamente os preços da soja nos próximos dias.

Cenário da semana tende à estabilidade

Com clima favorável nos EUA, incertezas sobre margens de lucro, estoques em alta e contexto geopolítico indefinido, o mercado da soja deve seguir com tendência de estabilidade. A atenção continua voltada para os desdobramentos do plantio norte-americano e os próximos movimentos entre EUA e China.

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