União Europeia cobra cessar-fogo e estuda novas sanções contra Rússia

Em meio ao cenário de negociações de um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, líderes europeus intensificam os esforços diplomáticos e econômicos para pressionar Moscou. Representantes da União Europeia se reuniram nesta segunda-feira (12/55), e alertaram que novas sanções contra a Rússia serão impostas caso o Kremlin não cumpra, até o fim do dia, um cessar-fogo de 30 dias na guerra.

O governo alemão se manifestou publicamente, exigindo um compromisso imediato por parte da Rússia. A iniciativa ocorre em paralelo a um encontro de cúpula entre ministros de Relações Exteriores da UE, com foco em apoio abrangente à Ucrânia: militar, político e financeiro.

“O objetivo é encontrar maneiras juridicamente seguras de aumentar a pressão econômica sobre a Rússia e dar à Ucrânia novo escopo financeiro”, alega nota divulgada.

Entre os principais pontos da pauta estão mecanismos para garantir um cessar-fogo futuro, garantias de segurança permanentes para Kiev e o fortalecimento das Forças Armadas ucranianas.

O parlamento alemão ressaltou que a Alemanha vai aumentar a ajuda ao governo ucraniano em 3 bilhões de euros.

“A Alemanha está dando o exemplo: além de 40 milhões de euros em ajuda humanitária, o governo alemão anunciou que aumentará sua ajuda à Ucrânia em 2025 em 3 bilhões de euros — ressaltando assim visivelmente sua solidariedade contínua.”


Novas negociações a caminho

  • Na última sexta-feira (9/5), o Kremlin declarou apoio a decisão de trégua, indicada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, mas que o cessar-fogo deveria levar em consideração certas “nuances”.
  • Vladimir Putin propôs então negociações diretas com a Ucrânia para debater um possível cessar-fogo entre os países. O presidente destacou que acredita que as negociações deveriam “começar sem demora, já em 15 de maio”, em Istambul, na Turquia. A Ucrânia ainda não comentou a proposta de Putin.
  • Zelensky declarou que aguarda a presença do russo para colocar em prática as negociações para o fim do conflito.
  • A tensão no bloco europeu vem crescendo em meio à percepção de que a guerra tende a se prolongar ainda mais, exigindo uma postura mais firme e coordenada entre os países aliados.

12 imagens

Trump e Zelensky se reuniram em 26 de abril

Zelensky cobra apoio militar da UE e pede €5 bi para artilharia
Conselheiro americano pressiona Zelensky a aceitar acordo de minerais
1 de 12

Trump declara que Putin aceitará forças de paz na Ucrânia

Divulgação/Presidência da França

2 de 12

Trump e Zelensky se reuniram em 26 de abril

HANDOUT/Telegram /@ermaka2022/AFP via Getty Images

3 de 12

Reprodução

4 de 12

Reprodução/Redes sociais

5 de 12

Zelensky cobra apoio militar da UE e pede €5 bi para artilharia

Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images

6 de 12

Conselheiro americano pressiona Zelensky a aceitar acordo de minerais

Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images

7 de 12

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ordenou invasão da Ucrânia

Reprodução

8 de 12

Trump e Putin

Mikhail Svetlov/Getty Images

9 de 12

Putin se declara aberto a negociações “a qualquer momento” com Trump

Reprodução

10 de 12

17 de março – Vladimir Putin é reeleito para um quinto mandato como presidente da Rússia com cerca de 88% dos votos

Getty Images

11 de 12

Reprodução

12 de 12

Rússia se diz pronta para negociar paz na Ucrânia, mas impõe condições

Contributor/Getty Images

Além disso, os líderes europeus continuam avaliando o uso dos ativos russos congelados, estimados em bilhões de euros. O desafio é encontrar formas juridicamente seguras de canalizar esses recursos para a reconstrução ucraniana, ampliando a pressão econômica sobre Moscou.

O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no domingo (11/5) que aguarda o presidente russo, Vladimir Putin, pessoalmente na Turquia, na quinta-feira (15/5), para um encontro sobre a pausa na guerra entre os países.

Zelensky também voltou a afirmar que espera um cessar-fogo “total e duradouro”, a partir desta segunda-feira (12/5), no conflito que já dura três anos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.