China critica acordo comercial entre Reino Unido e EUA e aumenta tensão em relação

A China expressou sua desaprovação em relação ao recente acordo comercial firmado entre o Reino Unido e os Estados Unidos, que pode ser utilizado para excluir produtos chineses das cadeias de suprimento britânicas. As informações são do Financial Times.

O acordo, que inclui requisitos de segurança rigorosos para as indústrias de aço e farmacêuticas do Reino Unido, foi o primeiro assinado pelo governo Trump desde a imposição de tarifas recíprocas em abril.

Em resposta ao acordo, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que é um “princípio básico” que os acordos entre países não devem visar outras nações.

“A cooperação entre os Estados deve ser conduzida sem prejudicar os interesses de terceiros”, declarou o órgão à imprensa.

Essas declarações colocam Londres em uma posição delicada entre as duas potências econômicas e complicam os esforços do governo britânico para restabelecer relações com Pequim.

A China tem alertado outros países sobre a assinatura de acordos comerciais com os EUA que possam ameaçar seus interesses, temendo que o presidente Donald Trump utilize negociações bilaterais para pressionar os parceiros comerciais a excluírem a China de suas cadeias de suprimento.

Em resposta, Pequim intensificou esforços para eliminar componentes estrangeiros de suas próprias cadeias de suprimento, buscando se proteger contra as interrupções causadas pela guerra comercial.

O acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido inclui reduções nas tarifas punitivas sobre exportações britânicas de carros e aço, mas não elimina uma tarifa básica de 10% sobre produtos britânicos.

As autoridades britânicas afirmaram que Trump deixou claro que a China é o alvo das condições impostas no acordo, o que gerou surpresa e preocupação em Pequim, especialmente considerando que o governo do primeiro-ministro Keir Starmer estava tentando melhorar os laços com a China.

O governo britânico afirmou que o acordo com os EUA visa garantir milhares de empregos em setores-chave e proteger empresas britânicas, mas também reiterou a importância do comércio e investimento com a China, mantendo um diálogo pragmático em áreas de interesse mútuo.

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