“Dinheiro é importante e não é um tabu”: Oficina de educação financeira fala de investimentos com estudantes em Canoas

Investimentos podem ser feitos a partir de R$ 1 ou R$ 2, não é algo de milhões. Esta foi a principal mensagem passada durante a oficina de educação financeira oferecida na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) João Paulo I, no bairro Harmonia, nesta terça-feira (13). A atividade faz parte da 12ª Semana Nacional da Educação Financeira. 

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Oficina de educação financeira foi realizada na Emef João Paulo I nesta terça-feira (13)



Oficina de educação financeira foi realizada na Emef João Paulo I nesta terça-feira (13)

Foto: Bruna Ourique/PMC

Estudantes do 9º ano aprenderam a desmitificar o dinheiro e sua aplicação junto às instituições financeiras graças as explicações do assessor pedagógico e professor Daniel Pinto, vinculado ao Sicredi Origens RS, responsável pela oficina. Todo o conteúdo não somente integra a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com competências e habilidades, como faz parte da rotina dos alunos e de suas famílias.  

“Eu falei sobre sonhos, investimentos de como poupar a partir de 1 ou 2 reais e de não ser aquele investimento de milhões. Precisamos entender o território, o contexto de cada aluno e saber que é possível ter uma instituição financeira do seu lado para prever esse futuro. Trazendo a ideia que não trabalhamos pelo dinheiro, mas sim que o dinheiro pode trabalhar para nós”, explica.

Quem gostou das explicações foi o estudante Murilo da Silva de Matos. “Foi bem interessante a oficina porque eu já tinha escutado no dia a dia [sobre o assunto]. Foi para aprender mais um pouco. Tem coisas que ele falou que eu tinha ouvido. Eu já sabia mais ou menos, mas acabei aprendendo um pouco mais”, conta. 

E o conteúdo não é exclusivo para esta turma. Afinal, a educação financeira é importante em todas as idades. “Nós vínhamos trabalhando desde os pequeninhos, crianças de 4 e 5 anos, que estão pré-silábicas ou que não estão 100% alfabetizadas com a ideia de onde vem o dinheiro. Até falar com os alunos do 9º ano ou do 3º ano do ensino médio ou EJA sobre prevenção e proteção. Como o dinheiro é importante e não é um tabu”, afirma o professor. 

Impacto a longo prazo 

A aplicação do dinheiro para render a longo prazo não foi o único investimento tratado na oficina. Conhecimento sobre finanças também tem o seu retorno a longo prazo. “Quando falamos de educação, e principalmente de educação financeira, sabemos que o impacto nem sempre é no momento. Mas assim como essa palestra me impactou há 20 anos atrás quando eu estava numa mesma sala de aula, eu trago essa argumentação para eles”, observa.

“Daqui a pouco, não é nesta oficina que eles vão sair com isto. É daqui há 3 ou 4 anos que eles vão se dar conta que tinha um professor falando que existe uma instituição financeira com um gerente de conta para eles poderem procurá-lo e fazer o melhor aporte financeiro”, completa Pinto. O professor ainda reforça que o melhor aporte financeiro é o que corresponde a realidade de cada um, lembrando que não se trata de milhões de reais. 

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Dentro da escola e dentro de casa

Como componente da BNCC, a intenção é que o conteúdo siga sendo trabalhado dentro da sala de aula, segundo a supervisora da Emef João Paulo I, Fabiane Machado. “É importante ter essa atividade. Deveria ser ensinada sempre, não somente uma oficina que acontece uma vez por ano. As professoras de matemática geralmente trabalham bastante com educação financeira, essa coisa do dinheiro. Também solicitamos que elas trabalham isso”, relata.

Para isso, a forma como as informações são passadas precisam estar de acordo com o público-alvo. “A linguagem que nós utilizamos é para fazer uma aproximação junto com esses adolescentes. Se eu trago termos muito técnicos, há um desequilíbrio nesse bate-papo. Por isso que é muito mais provocá-los sobre que é educação financeira e de saber que é possível sim fazer investimentos a partir de R$ 2. É desmistificar essa palavra que, às vezes, tem esse som ou crença limitante dentro da família. E sim, precisamos falar de educação financeira dentro de casa também”, destaca o professor Daniel Pinto. 

Semana Nacional da Educação Financeira 

A oficina oferecida na Emef João Paulo I foi promovida pela cooperativa Sicredi Origens RS, com apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (SMDEI). A atividade integra a 12ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira (Semana ENEF), realizada entre os dias 12 a 18 de maio, em todo o território nacional.

O tema central desta edição é “Educação Financeira para Crianças e Jovens: Preparando a Sociedade para Escolhas Conscientes”, organizado Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF). De acordo com a Superintendências de Seguros Privados (Susep), a iniciativa tem o “objetivo de compartilhar conhecimentos, estimular atitudes e comportamentos e construir, desde cedo, uma base sólida para a tomada de decisões financeiras por parte de todos os brasileiros.”

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