Multilateralismo e guerras: Lula prega “reformas profundas” no mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta terça-feira (13/5), durante o segundo dia de agendas no país asiático. Após o encontro, os dois líderes fizeram discursos em que criticaram guerras comerciais e pregaram a defesa do multilateralismo.

O chefe do Planalto destacou a necessidade de “reformas profundas” no sistema mundial, em meio aos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza, além da guerra tarifária que envolve políticas de taxação dos Estados Unidos.

“Nos últimos meses, o mundo se tornou mais imprevisível, mais instável e mais fragmentado. China e Brasil estão determinados a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo. A defesa intransigente do multilateralismo é uma tarefa urgente e necessária”, ressaltou o petista.

Para Lula, as “guerras comerciais não têm vencedores”. “Elas elevam os preços, deprimem as economias e corroem a renda dos mais vulneráveis em todos os países. O presidente Xi Jinping e eu defendemos um comércio mais justo e baseado nas regras da Organização Mundial do Comércio”, reforçou.

Ao longo do discurso, Lula ainda defendeu reformas no conselho de segurança das Nações Unidas e o fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. “Superar a insensatez dos conflitos armados também é pré-condição para o desenvolvimento”, destacou.

O presidente Xi Jinping também fez menção à guerra tarifária, um dia após o país asiático selar um acordo com os Estados Unidos para pausar, por um prazo de 90 dias, as tarifas aplicadas.

“China e Brasil concordam que ninguém sai ganhando das guerras tarifárias e comerciais, enquanto o protecionismo jamais é uma solução correta para responder aos desafios. China e Brasil vão defender juntos o livre comércio e o sistema de multilateralismo de comércio”, destacou o presidente chinês.

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